Zona para onde fugiram dezenas de milhares de palestinianos ainda não tinha sido invadida pelas tropas terrestres de Israel. “Não há área segura em toda a Faixa de Gaza, são tudo mentiras e manipulações”.
O chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tenente-general Herzi Halevi, indicou este domingo que as suas forças estão a expandir as operações para o sul da Faixa de Gaza, zona onde as tropas terrestres não tinham até agora entrado.
“Lutámos dura e exaustivamente no norte da Faixa e agora estamos a fazê-lo no sul”, declarou Halevi, depois de ter sido ordenada a evacuação de vários bairros da cidade de Khan Younis, no sul, de onde muitos habitantes de Gaza estão agora a deslocar-se para a cidade de Rafah, cada vez mais próximos da fronteira com o Egito.
Na sua conferência de imprensa diária, o porta-voz do Exército israelita, o contra-almirante Daniel Hagari, confirmou que o Exército está a estender a sua ofensiva terrestre a “todas as áreas da Faixa” de Gaza.
“Nenhuma zona é segura”
As forças armadas israelitas reiteraram esta segunda-feira os avisos para a “evacuação imediata” da cidade à medida que se intensifica a ofensiva terrestre. Além dos 117.000 residentes antes do início da guerra, estão na região 21 instalações onde se refugiaram 50 mil deslocados do norte.
“Não é ainda clara, a quantidade de pessoas que estão a deslocar-se para as áreas do sul”, reconhece a ONU, cujo pessoal continua a trabalhar para ajudar a população vítima da guerra.
Residentes disseram à France Presse que ouviram ataques aéreos e explosões em Khan Younis durante a noite de domingo e hoje de manhã, depois de os militares de Israel terem lançado folhetos a avisar as pessoas para se deslocarem mais para sul.
Khan Yunis, earlier pic.twitter.com/HFgElzfTr4
— Mossad Commentary (@MOSSADil) December 2, 2023
Nas últimas horas, surgiram nas redes sociais informações e imagens não verificadas que mostravam tanques israelitas envolvidos em combates no sul de Gaza e no norte de Khan Younis.
Salah Al-Arja, que vive em Rafah, no sul do território, disse, segundo a BBC, que a sua casa foi destruída enquanto dormiam, apesar de acreditar que estava numa zona segura.
“Estávamos a dormir e seguros, disseram-nos que era uma área segura, Rafah e tudo, mas às 22h20, atingiram-na com barris, destruindo todo o quarteirão, havia crianças, mulheres e mártires”, disse à Reuters.
“Não existe área segura, nem Rafah, nem Khan Younis, nem Gaza, nem Dier, são todos mentirosos, dizem que é uma área segura, deixam-nos procurar refúgio, evacuaram Khan Younis e Gaza e mesmo assim bombardeiam, e bombas de barril são lançadas em áreas densamente povoadas”, afirmou.
“Dizem-te que é uma área segura, mas não há área segura em toda a Faixa de Gaza, são tudo mentiras e manipulações”, disparou.
316 mortos num dia. 200 alvos atingidos
Os ataques de Israel contra Gaza causaram pelo menos 316 mortos e 664 feridos no domingo, informou esta segunda-feira o ministério da Saúde do enclave palestiniano às Nações Unidas, quando a distribuição de ajuda humanitária foi novamente restringida.
O exército israelita avança que as suas tropas terrestres “lançaram ataques contra “cerca de 200 alvos terroristas do Hamas” e diz ter atingido “infraestruturas terroristas localizadas no interior de uma escola em Beit Hanoun”, no nordeste do enclave palestiniano, “a partir da qual foi levado a cabo um ataque”.
Além disso, aviões das IDF atingiram “veículos que continham mísseis, morteiros e armas”, uma “instalação de armazenamento de armas” e “infraestruturas militares”, entre outros “alvos”.
Mais de 6 mil crianças morreram em Gaza
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) indica que, desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, a 7 de outubro, “mais de 15.000 palestinianos foram mortos em Gaza – incluindo mais de 6000 crianças e 4000 mulheres”.
Over 15,000 Palestinians have been killed in📍#Gaza – including over 6,000 children and 4,000 women – since the war began.
People have lost everything and they need everything.
Gaza’s population will soon begin dying from diseases as well as Israeli bombardment. pic.twitter.com/nt6vebmdri
— UNRWA (@UNRWA) December 3, 2023
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta que, desde o início do conflito, cerca de 390 mil palestinianos perderam o emprego.
ZAP // Lusa
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