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Nem o aquecimento global perdoa o SNS. Nove hospitais estão em risco de destruição

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Se o aquecimento global não for travado, mais de 16 mil hospitais em todo o mundo serão destruídos total ou parcialmente até 2100. O estudo, divulgado este sábado, revela que nove desses hospitais estão localizados em Portugal.

A XDI, uma empresa especializada na medição dos riscos climáticos, analisou mais de 200 mil unidades hospitalares e revelou que uma em cada 12 infraestruturas hospitalares será destruída devido a fenómenos meteorológicos extremos associados às alterações climáticas.

Se o aquecimento global não for travado, 16.245 edifícios serão atingidos até ao final do século.

Em Portugal foram analisadas 372 unidades hospitalares e, segundo o estudo, até ao final do século haverá nove infraestruturas (embora não especificadas) atingidas por fenómenos meteorológicos como inundações ou ventos extremos.

“A nossa análise mostra que, sem uma eliminação rápida dos combustíveis fósseis, os riscos globais para a saúde aumentarão ainda mais, uma vez que milhares de hospitais não poderão prestar serviços durante as crises”, alertou Karl Mallon, diretor de Ciência e Tecnologia da XDI.

Portugal surge como um dos países europeus menos afetados, ao lado da Islândia (também com nove edifícios destruídos), e ligeiramente pior apenas que a Irlanda e a Noruega (ambos com cinco hospitais afetados) ou a Suécia (6).

Todos os outros países europeus serão mais afetados, destacando-se a Itália, com 137 infraestruturas destruídas.

De acordo com a XDI, as áreas com maior risco de colapso hospitalar num cenário de emissões elevadas são o Sudeste Asiático, com um em cada cinco hospitais afetados.

Inundações preocupam mais

As áreas mais afetadas são as zonas costeiras e as zonas próximas dos rios.

“Atualmente, as inundações fluviais e superficiais dominam o risco de danos nos hospitais. Até ao final do século, as inundações costeiras aumentam rapidamente (exacerbadas pela subida do nível do mar) e tornam-se o perigo mais importante, depois das inundações fluviais, em 2100″, apontou o relatório.

A análise da saúde dos hospitais de todo o mundo revela seis riscos relacionados com as alterações climáticas: inundações costeiras, inundações fluviais, inundações de águas superficiais, incêndios florestais, ventos extremos e ventos ciclónicos.

A análise centra-se nos danos físicos causados às estruturas dos edifícios e calcula a forma como diferentes cenários de emissões podem reduzir o risco.

A divulgação do estudo coincide com o primeiro Dia da Saúde na cimeira sobre o clima COP28, que está atualmente a decorrer no Dubai.

Mais uma vez, este é um problema que afeta os mais pobres, já que sete em cada dez hospitais (71%) que poderão ser atingidos estão localizados em países de baixos ou médios rendimentos.

// Lusa

4 Comments

  1. As noticias da atualidade são alarmistas e demagogas ,querem através delas meter medo ao ser humano para criarem uma ordem mundial .Segundo esses estudiosos da treta tudo faz mal desde os combustiveis fosseis, tabaco e outros mas, nunca se debruçaram para nos alertarem dos maleficios das explosões das armas da atualidade e disparos de misseis de várias espécies que embora para experiências cá deixam um rasto de gazes perigosissimos para respirar-mos e dai cada vez mais doenças raras e sem explicação médica . os fosseis são perigsos acredito e o nuclear não? e quem os faz parar

  2. Mais do que as alterações climáticas basta pensar que os maiores e supostamente melhores hospitais do país estão na linha costeira ou a poucos kms dela, ora isso em caso de tsunami ou terramoto vai ter consequências drásticas.

  3. Curioso que o Martha’s Vineyard do Obama fica praticamente ao nível do mar.
    Há que aumentar impostos para os governos, que nem a habitação ou saúde resolvem, salvarem o planeta.
    Ide comer trampa!

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