//

Navios de guerra russos passaram ao largo da costa portuguesa

5

Paul A. Vise / Wikimedia

O porta-aviões Kuznetsov, navio-almirante da frota da Rússia no Atlântico norte, em 1991, escoltado pelo contratorpedeiro norte-americano USS Deyo.

A marinha russa anunciou que o seu porta-aviões “Almirante Kuznetsov”, habitualmente fundeado em Severomorsk, no mar de Barents, se dirigia para a Síria, transportando diversos helicópteros de combate para reforçar a presença militar russa nessa zona.

O ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, desdramatizou este domingo a passagem pela zona económica exclusiva portuguesa de uma força naval russa, que inclui um porta-aviões que poderá “participar nas operações aéreas” na Síria.

“Não tenho e ninguém tem, tanto quanto sei, qualquer elemento que lhe permita dizer que é uma situação de gravidade particular. Poderá tratar-se, e espero que não seja mais do que isso, de uma forma de demonstração naval como tantas que conhecemos no passado”, disse o ministro sobre a passagem dos navios russos dentro da zona de 200 milhas náuticas ao largo da costa portuguesa.

O governante, que falava aos jornalistas em Elvas, no distrito de Portalegre, à margem das comemorações do Dia do Exército, acrescentou ainda que este tipo de situações, quando ocorrem de forma “não prevista”, provoca “especulação” e suscita questões que devem ser seguidas com a “máxima atenção”.

“Qualquer que seja o país envolvido e por definição tratando-se de um país com a responsabilidade da Rússia, que haja a perceção clara de que a presença de forças navais de forma não prevista ou não habitual, como aquilo que estamos agora a assistir, é algo que inevitavelmente suscita especulação, suscita perguntas e deve ser olhada com a máxima atenção”, declarou.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse na quinta-feira estar preocupado com a progressão em direção ao Mediterrâneo da força naval russa que inclui um porta-aviões que poderá “participar nas operações aéreas” na Síria.

“A Rússia tem o direito de operar em águas internacionais”, disse Stoltenberg, mas o que preocupa a Aliança Atlântica “é que esta escolta naval russa possa ser utilizada para participar nas operações sobre a Síria“.

Afirmou ainda que navios da NATO vigiam o grupo aeronaval na aproximação ao seu destino. “Vão fazê-lo de forma responsável e proporcionada”, sublinhou.

A marinha russa anunciou que o seu porta-aviões “Almirante Kuznetsov”, habitualmente fundeado em Severomorsk, no mar de Barents, se dirigia para a Síria, transportando diversos helicópteros de combate para reforçar a presença militar russa nessa zona.

Esta movimentação militar russa ocorre algumas semanas após o anúncio pelo ministro russo da Defesa, Sergueï Choïgu, de que o porta-aviões russo da frota do norte seria enviado para o Mediterrâneo oriental para reforçar forças navais russas na zona, que possuem uma base em Tartus, na Síria.

O regime sírio é apoiado pela Rússia na ofensiva aérea desencadeada em setembro contra os bairros rebeldes da zona leste de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, desde hoje abrangida por uma “pausa humanitária” prolongada até sábado.

/Lusa

5 Comments

  1. Esses russos é só rir… coitadinhos, a vangloriarem-se das suas latas velhas a cair de podre.
    São tão ridículos… Enfim!
    Nem tinham tempo de abrir a boca e já estavam a comer!!!

  2. latas velhas?? Isto é um PORTA-AVIÕES!! Mais 4 Destroyers!! Mas vocês estão loucos ou quê, vocês pensam que a Rússia brinca? E acho muito engraçado que todos estejam a gozar com o UNICO PAÍS que nos enviou ajuda aos incêndios… Tenham juízo e larguem as drogas!

    • Existem um país (numa lista deles denunciada por um general wesley …) , não muito longe daqui, que uns tais estados unidos declararam que não poderia mais existir na sua forma e sua legalidade. Como estavam com problemas em enviar tropa propria (por causa das mães dos soldados, presume-se…) decidiram, (com a ajuda de israel imagine-se!) formar tropas a partir de grupos da al queada, do exercito do saddam, mercenários de vária ordem, incluindo os decapitadores, todos eles muito “crescente e estrela”, muito equipamento fornecido e derrubar o governo sírio.
      Apesar do nível de vida invejável pelos vizinhos desse país esse presidente “fazia muito mal ao seu povo”. Por nos ter dito isso, essa espécie infernal que agora comanda os destinos dos US vai acabar com o governo sírio, e a candidata (da continuidade) disse-o em TV sem margem para dúvidas.
      A rússia decidiu que não ia deixar… E agora? Os russos fazem treinos de tempo de guerra para civis envolvendo dezenas de milhoes de participantes e nós e os estúpidos americanos-ex-carne-para-canhão? Nada, Nem sequer existe perigo… A tv (whore) não disse nada, por isso não há! Problema resolvido!

  3. Não vejo, nem acredito que sendo isto uma “manifestação de força”, os Russos enviassem ” latas velhas” para passar em mares controlados pela Nato. Ao fazê-lo, estariam a dar uma demonstração de fraqueza e a ideia, certamente, não é essa, nem de longe. Tem de ser exatamente o oposto (aliás o navio americano, pela foto, é que parece uma “lata velha”).
    Quanto á ajuda nos incêndios, é verdade, a Russia é que enviou mas…a pagar. Por outro lado, os aviões Russos que vieram para ajudar nos incêndios ficaram inoperacionais logo que chegaram cá, e já chegaram tarde. Quem realmente contribuiu para apagar incêndios foi a Espanha e a Itália, chegaram a tempo ( no auge dos incêndios) e os custos foram muito reduzidos comparativamente aos Russos.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.