Assembleia Parlamentar da organização aprovou declaração esta segunda-feira. Há países da NATO zangados com a Alemanha — e prontos para enviar tropas para a Ucrânia.
A Assembleia Parlamentar da NATO, uma instituição independente da Aliança Atlântica, aprovou esta segunda-feira uma declaração de apoio à capacidade da Ucrânia de atacar alvos militares na Rússia também com armas fornecidas por países aliados.
Em relação à declaração de apoio ao uso pela Ucrânia de armamento fornecido pelos aliados, o texto foi aprovado por 47 dos 56 países ou instituições que compõem o organismo, que funciona como elo de ligação entre a NATO e os parlamentos dos países membros da Aliança Atlântica.
Além dos 32 países da NATO, têm assento na instituição delegados de parlamentos parceiros ou observadores de outras nações ou organizações, como a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa ou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Vários países da NATO que enviaram armas à Ucrânia para ajudar o país a defender-se da invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, impuseram como condição que o equipamento não fosse utilizado para atacar posições militares em solo russo.
Esta segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou ter chegado o momento para levantar esta restrição e argumentou que atacar alvos militares em solo russo, a partir dos quais a Ucrânia está a ser bombardeada, é uma forma de legítima autodefesa. Caso contrário, segundo o responsável, a Ucrânia fica de “mãos atadas” para repelir a agressão russa.
“Os aliados devem decidir sobre as restrições à utilização de armas em alvos militares legítimos do outro lado da fronteira, esta não é uma questão da NATO. Mesmo agora, alguns membros têm restrições e outros não”, sublinhou Stoltenberg durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro búlgaro, Dimitar Glavchev.
“A Rússia violou a soberania de outro país. É uma violação do direito internacional, do qual todos somos signatários. A Ucrânia tem o direito de se defender. Nós, enquanto aliados, temos o direito de ajudar a Ucrânia a defender-se. No entanto, isto não significa que a NATO seja parte no conflito“, afirmou Stoltenberg.
O secretário-geral da Aliança Atlântica insistiu que a NATO não tem planos para enviar tropas para a Ucrânia, para colocar capacidades no espaço aéreo ucraniano ou para treinar tropas em solo ucraniano.
Além disso, afirmou ainda o representante, o principal objetivo da NATO é garantir que o conflito não se estenda para fora da Ucrânia ou se transforme num confronto entre a Aliança Atlântica e a Rússia.
Membros da NATO prontos para enviar tropas para a Ucrânia
Vários membros da NATO estarão dispostos a enviar tropas para a Ucrânia se a Rússia conseguir avançar com a sua última investida no leste do país, segundo o Der Spiegel, numa altura em que a Rússia anunciou outra conquista de mais uma aldeia em Donetsk.
O jornal alemão avança que os deputados dos países bálticos estão furiosos com a política de Berlim relativamente à guerra na Ucrânia, que se recusou a fornecer armas de longo alcance ao exército ucraniano e não deu luz verde para que este atacasse o território russo com armas ocidentais.
“A Alemanha argumenta que se os russos conseguirem fazer um avanço estratégico no leste da Ucrânia, porque o Ocidente só está a ajudar Kiev de forma hesitante, a situação pode agravar-se dramaticamente”, lê-se num relatório citado pelo Express.
“Nesse caso, os Estados bálticos e a Polónia não esperariam que as tropas russas se instalassem nas suas fronteiras, avisam os políticos bálticos, mas enviariam eles próprios tropas para a Ucrânia“, o que significaria que a NATO entraria na guerra.
Kosovo é associado. Sérvia não gostou
Paralelamente, a mesma assembleia parlamentar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) aceitou esta segunda-feira o Kosovo como membro associado, depois de 10 anos com o estatuto de observador (2014), indicou a rádio pública búlgara a partir de Sófia, onde a assembleia encerra esta segunda-feira os trabalhos que decorreram durante o fim de semana.
Sobre a adesão do país como membro associado da Assembleia Parlamentar, a Presidente kosovar, Vjosa Osmani, mostrou-se “orgulhosa” perante tal passo. “A NATO é o destino do Kosovo e esta medida irá garantir que se escute a voz do povo mais pró-NATO do planeta”, escreveu Osmani na rede social X.
Driton Hyseni, chefe da delegação kosovar na Assembleia Parlamentar da NATO, afirmou que este reconhecimento surge após vários anos de excelente cooperação com o parlamento do Kosovo.
Depois de a Rússia ter lançado a sua agressão contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, as autoridades do Kosovo, país que se separou unilateralmente da Sérvia em 2008, pediram rapidamente para aderir à NATO.
No domingo, a presidente do parlamento da Sérvia, Ana Brnabic, instou os membros da Assembleia Parlamentar da NATO a não concederem o estatuto de parceiro ao Kosovo, argumentando que isso representaria um prémio para as autoridades de Pristina nas suas tentativas de obstruir o diálogo mediado pela União Europeia (UE).
A Sérvia não reconhece a independência do Kosovo e considera que este não pode ser admitido nas instâncias internacionais.
ZAP // Lusa
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Claro que Stoltenberg tem razão. Os Ucranianos têm estado a lutar sempre só com uma mão, enquanto o agressor ruzzo luta com as duas. Não faz sentido a vítima não poder atacar a origem dos ataques. Outra coisa, essa sim de evitar, seria responder bombardeando escolas, hospitais, estações, blocos residenciais – como os Russos fazem.
Quando rebentar a guerra, os que batem no peito pró guerra, devem ser os primeiros e únicos a ir combater..
Prefiro ir preso a morrer por multinacionais.
Miguel , eu se Portugal entrasse em guerra não sendo Ucraniano nem Russo não lutaria por Portugal, agarrava na Arma e desperdiçava Munições para o Ar e depois pedia mais Munições e voltava a desperdiçar para o Ar. Fala-se de Povo Ucraniano ou Povo Russo, mas o Povo não tem culpa de quem os Governa, esses sim deveriam ir para a Guerra e não mandar o seu Povo
Eu gostava de ver estes não me quero intrometer se o problema fosse entre Portugal e Espanha.
É que houve tempos em que Portugal se conseguiu defender. Mal, mas conseguiu. Hoje seria massacrado.
Na minha opinião o que se deveria fazer desde o inicio era destruir completamente os Russos. Entenda-se não são os Russos como povo ou como Pais. São os Russos como governo. Todos. Até ao 3º ou 4º nível de poder. Todos.
São as carraças do mundo politico desde que existem.
Entramos a pouco a pouco , numa nova geração de “Adolfo’s Suásticos” , são como un Virus , tornando-se de mais en mais Pandémico ! ………Que futuro é reservado para as novas gerações ? ….prefiro não imaginar !
Há muita gente na NATO que ainda não percebeu que a NATO seria totalmente destruída se entrasse em guerra com a Rússia. Alguns americanos ainda seriam capazes de se bater, mas oe europeus recusariam ir para a guerra contra a Rússia, quaisquer que fossem as razões do conflito. Em Portugal está-se mesmo a ver que aqueles que andavam a gritar “Nem mais um soldado para a guerra colonial” se iriam oferecer para morrer em defesa dos interesses americanos. A esmagadora maioria dos europeus são cobardes e não lutariam por nenhuma causa. Em Portugal, ao primeiro tiro fugiam todos para o Brasil ou para Angola… E o Putin sabe isto tudo muito bem…
Só treta de comentadores.
Se acontecer uma operação especial Nato vs Rússia o Putin sabe que é o primeiro a ir para o outro mundo e na primeira hora Moscovo e S Pet. desaparecem do mapa com 50 ml de Russos. O que há mais na Rússia? O resto é paisagem e gelo!…
A Rússia do Anão Vermelho em 2 anos não consegue ocupar a Ucrânia!
Esta guerra não é para ser ganha por ninguém, é para continuar indefinidamente. Todos estão a ganhar com isso, menos os cidadãos. Se Putin quisesse aniquilar Zelensky já o poderia ter feito há muito. O líder do Irão teve um “acidente de helicóptero”, o do grupo Wagner morreu de acidente de avião. Com a quantidade de viagens pré anunciadas de Zelensky, já há muito que poderiam tê-lo abatido. Mas esse não é o objetivo…
Muito em breve os Russos vão querer esquecer o Putin e mais uma vez vão sentir vergonha do seu passado.