A China está “metida em tudo” e “facilita” a guerra como ninguém. Putin vai a Pequim esta semana

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Kiko Huesca / EPA

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) acusou, esta segunda-feira, a China de ser o principal facilitador da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Jens Stoltenberg exige uma mudança de postura de Pequim.

A NATO culpa a China por ser o principal “país facilitador” da guerra na Ucrânia.

“O principal país que está a possibilitar a agressão da Rússia contra a Ucrânia é a China. [Pequim] é de longe o maior parceiro comercial da Rússia”, disse Jens Stoltenberg, no quartel-general da NATO, em Bruxelas.

Numa intervenção por videoconferência, a propósito de uma cimeira da NATO sobre a juventude em Estocolmo (Suécia) e Miami (Estados Unidos), o secretário-geral referiu que Pequim está a “fornecer os componentes críticos” de que Moscovo precisa para “a sua tecnologia avançada”.

Estes componentes são utilizados para “construir mísseis, ‘drones’ [veículos não tripulados] e toda uma panóplia de coisas que são fulcrais na guerra contra a Ucrânia”, completou O secretário-geral da Aliança Atlântica.

Stoltenberg também apontou o dedo ao Irão e à Coreia do Norte, pelo fornecimento de ‘drones’ e armazenamento, apelidando os três países de serem “os amigos” do Kremlin na Ásia: “São a chave para a capacidade [militar] da Rússia”.

“A China está metida em tudo, no ciberespaço, em África, a tentar controlar infraestruturas críticas nos nossos países”, acusou, exigindo a Pequim uma mudança de trajetória que contribua para a paz.

Putin na China, esta semana

O presidente russo Vladimir Putin fará, esta quinta-feira, a primeira visita diplomática, desde que foi reeleito, precisamente, à China.

A convite do presidente chinês, Xi Jinping, Vladimir Putin fará uma visita de Estado à China nos dias 16 e 17 de maio, como sua primeira viagem ao exterior após assumir o cargo”, informou o Kremlin, citado pela Reuters.

“Discutir-se-ão questões da parceria abrangente e da cooperação estratégica (…) Ir-se-ão identificar áreas-chave para um maior desenvolvimento da cooperação prática russo-chinesa e trocar opiniões detalhadamente sobre as questões internacionais e regionais mais urgentes”, pode ler-se.

A última vez que Putin visitou a China foi em outubro de 2023.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Putin só sai de casa para visitar os amigos asiáticos. Não o vemos a visitar as suas tropas na Ucrânia nem as vítimas das cheias. Sintomático.

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