O FLUTE visa construir um telescópio fluído – que será construído directamente no Espaço.
Aparentemente o telescópio líquido vai mesmo avançar. A NASA está a trabalhar nessa novidade.
A agência espacial norte-americana já tinha partilhado que estava a tentar novas formas de construir telescópios gigantes.
O processo passa por criar um telescópio através de fluídos.
Qualquer líquido tem uma força elástica que o mantém unido na sua superfície – é a tensão superficial.
No Espaço, bolhas de água e outros líquidos adquirem uma forma esférica perfeita. Uma forma útil para construir lentes e espelhos.
Os cientistas da NASA começaram então a verificar se era possível construir lentes e espelhos de alta precisão no Espaço, utilizando líquidos. As lentes, em vez de vidro, passam a ser formadas por fluídos transparentes que substituem o vidro.
A ideia é aproveitar a forma como os líquidos se comportam naturalmente na microgravidade e aplicá-la à construção de telescópios de grande escala.
Porque, quando falamos sobre telescópios, “quanto maior, melhor”. A NASA deixou no ar a ideia de construir um telescópio 10 vezes – ou mesmo 100 vezes – maior do que já existe. James Webb, no caso; é o maior telescópio espacial de sempre.
As experiências passaram a desenhos, a um projecto real.
A agência espacial dos EUA está a trabalhar num telescópio líquido de 50 metros.
E vai ser construído directamente no espaço. Enviar a partir da Terra um telescópio com mais do que 10 metros de diâmetro não é economicamente viável.
O projecto chama-se FLUTE: FLUidic Telescope Experiment, experiência com telescópio fluído.
Os objectivos principais são (continuar a) procurar vida inteligente noutros planetas e entender melhor a formação do Universo.
O novo telescópio deverá ser ainda maior do que o James Webb. Não 100 vezes, para já, mas sim 10 vezes maior.
O tamanho é importante para os astrofísicos: os objectivos seriam mais ambiciosos e as missões seriam mais complexas.
No laboratório, funcionou, anunciou a NASA.