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NASA pode ter detetado um sinal de rádio vindo de Ganimedes, a maior lua de Júpiter

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Tsunehiko Kato / 4D2U Project / NAOJ

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A sonda espacial Juno fez uma descoberta emocionante na órbita de Júpiter, de acordo com um embaixador da NASA. A pequena nave espacial terá detetado um sinal de rádio FM vindo da maior lua de Júpiter, Ganimedes.

De acordo com a Futurism, o sinal terá sido provavelmente causado por eletrões a oscilar a uma taxa mais pequena do que a sua rotação, amplificando consideravelmente as ondas de rádio. O processo, conhecido como instabilidade do maser do ciclotrão (CMI), também está por trás das auroras em Júpiter, que Juno observou em 2017.

Juno só conseguiu, no entanto, detetar a emissão de rádio durante cinco segundos, enquanto orbitava Júpiter a 50 quilómetros por segundo.

Segundo Patrick Wiggins, um dos embaixadores da NASA no estado norte-americano do Utah, é quase certo de que seja um sinal natural. “Não é um extraterrestre”, disse Wiggins, em declarações à estação de notícias local KTVX. “É mais uma função natural.”

Assim, a descoberta não foi um choque, especialmente considerando que o sinal de rádio foi detetado perto das regiões polares de Júpiter, onde as linhas do campo magnético se ligam a Ganimedes.

Esta “emissão de rádio decamétrica” proveniente de Júpiter já é conhecida desde 1960. Na Terra, esses sinais coincidem aproximadamente com os sinais de Wi-Fi que usamos para navegar na web, de acordo com o ABC4.

A notícia, contudo, permanece envolta em mistério. Nenhum outro meio de comunicação parece ter confirmado os comentários de Wiggins e não parece haver nenhum artigo científico ou comunicado de imprensa que corresponda às suas afirmações.

Ganimedes é a maior lua das quatro luas de Júpiter, seguida por Io, Europa e Calisto. Com mais de 5 mil quilómetros de diâmetro, é maior que Mercúrio.

De certa forma, a lua é bastante semelhante à Terra, uma vez que tem, por exemplo, um campo magnético próprio muito ativo. No entanto, o mais interessante sobre Ganimedes está dentro dela: pode ter um imenso mar de água salgada subterrânea – maior que todos os oceanos da Terra juntos.

Na superfície, este satélite é feito de silicatos e gelo, em quantidades aproximadamente iguais.

Maria Campos, ZAP //

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