As fotos foram capturadas a 29 de Outubro de 2020, no mesmo dia em que António Laureano surfou uma onda que pode ter chegado aos 30.9 metros de altura.
A NASA divulgou imagens de Portugal que mostram as enormes ondas — tão altas como um edifício de sete andares — a caminho da costa na Praia da Nazaré, escreve o Live Science.
A foto foi capturada a 29 de Outubro de 2020, no mesmo dia em que António Laureano, um surfista na altura com 18 anos, que pode ter surfado a maior onda do mundo, com 30.9 metros de altura.
O satélite Landsat 8 tirou a imagem, que mostra uma camada espessa de espuma que as ondas deixaram na praia. O Observatório da Terra da NASA adianta que as ondas rasgaram o sedimento do fundo do mar circundante em enormes plumas subaquáticas que se estenderam até 10 quilómetros além da costa.
A foto foi tirada no mesmo dia em que Tony Laureano surfou uma onda massiva, que os especialistas da Universidade de Lisboa, a quem o surfista enviou um vídeo do momento, acreditam que pode ter quebrado o recorde da maior onda alguma vez surfada. Os peritos usaram a altura do surfista como escala para tentarem determinar a altura da onda, com o software a apontar para que esta tenha medido 30.9 metros.
Apesar disto, esta ainda não foi reconhecida oficialmente pela Liga Mundial de Surf por causa do método de medição dos especialistas. Oficialmente, o brasileiro Rodrigo Koxa é o detentor do recorde, tendo surfado uma onda de 24.4 metros em 2017, também na Nazaré.
As ondas nesta praia portuguesa chegam frequentemente a alturas superiores a 15 metros no Inverno — visto que a mudança nas correntes no Verão dificulta a sua criação — e esta região é conhecida por ser um dos melhores lugares do mundo para os surfistas em busca de ondas gigantes.
O canhão debaixo de água de 230 quilómetros que fica a menos de um quilómetro da costa é a causa destas ondas, já que canaliza energia para a água. As ondas captadas a 29 de Outubro de 2020 foram ainda maiores por serem alimentadas por ventos vindos do Furacão Epsilon, segundo a NASA.
As alterações climáticas podem também ter um impacto no tamanho e frequência destas ondas gigantes na Nazaré. De acordo com um estudo de 2020, as condições que criam as ondas extremas já aumentarem entre 5% e 15% devido aos ventos mais fortes e às mudanças nas correntes que resultam da subida da temperatura da água.