Plantar vegetais em Marte pode parecer uma história saída de um filme de ficção científica mas, de acordo com os planos da NASA, pode vir a tornar-se uma realidade daqui a uns anos.
A agência espacial norte-americana está a conduzir uma experiência, juntamente com o Centro Internacional de Batatas do Peru (CIP), para que seja possível plantar e colher este tubérculo em solo marciano.
Tal como Matt Damon encontrou nas batatas a salvação para sobreviver no planeta vermelho, no filme “Perdido em Marte” lançado este ano, a NASA quer tornar essa experiência uma realidade.
Os dois intervenientes esperam conseguir encontrar uma forma de transformar o solo do planeta numa zona de cultivo, algo que pode ajudar os astronautas, que supostamente vão aterrar em Marte já em 2030, a ter uma nova forma de subsistência.
Para replicar as condições do planeta ainda em terra, a experiência está a ser realizada no deserto Pampas de La Joya, no Peru, exatamente por ter uma composição muito semelhante à do solo marciano.
O sucesso do projeto poderá abrir caminho para que o cultivo de alimentos no Espaço se torne uma realidade, mas será também uma nova porta para cultivar produtos em áreas desfavoráveis e pouco férteis do globo.
“Se nós conseguirmos fazer com que as batatas cresçam em condições tão extremas como às de Marte, vamos também conseguir salvar vidas na Terra”, afirmou Joel Ranck, porta-voz do CIP.
A fome continua a ser um dos principais problemas e afeta cerca de 842 milhões de pessoas. Questões como o aquecimento global só vêm agravar este problema, uma vez que muitos terrenos que antes eram férteis estão agora a desaparecer.
Desenvolver técnicas que permitam a plantação de batatas em regiões inóspitas é um grande desafio, uma vez que a batata é rica em hidratos de carbono, importantes para fornecer energia, bem como vitamina C, ferro e zinco.
“Qual a melhor forma de entender as mudanças climáticas do que cultivar num planeta que morreu há dois mil milhões de anos?”, questiona Ranck.
Em agosto passado, astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional comeram pela primeira vez um vegetal inteiramente cultivado no Espaço.
No âmbito de um projeto de estudo sobre uma tecnologia de cultivo de plantas, conhecida por Veggie, os astronautas plantaram um pé de alface roxa que cresceu durante 33 dias.
Os elementos da EEI puderam experimentar metade da colheita da alface, enquanto que a outra metade foi armazenada e congelada para ser devolvida à Terra para análise.
ZAP / CanalTech
As batatas semeiam-se. Não se plantam.
Que Deus lhes perdoe coitados, nasceram na cidade! É como os políticos e os banqueiros, nasceram ricos como é que poderão ser bons economistas?
Não vai dar certo porque as batatas, tal como os animais e os vegetais, evoluíram durante milhões de anos para a gravidade “g” igual à da Terra. Na superfície de Marte tem-se com um pouco de sorte uma força gravítica de 0.38g que resulta em batatas com raízes raquíticos, se conseguirem crescer solo adentro. Nem os seres humanos podem lá ficar muito tempo, sob risco dos ossos descalcificarem-se. Esta pretensão da NASA é puro sensacionalismo.
De facto, neste caso aqui referido, penso que se trata de plantar batatas e não de semear batatas.
Geralmente semeiam-se batatas para obter tubérculos (batatas) para posteriormente serem plantadas.