Os lápis representam um perigo de incêndio e libertam chumbo dentro das naves espaciais, pelo que a Fisher Space Pen surgiu como a alternativa perfeita.
É uma história muito conhecida. No pico da Guerra Fria e da corrida espacial, os cientistas rapidamente descobriram que as esferográficas usadas na Terra não funcionam no Espaço, onde não há gravidade que empurre a tinta para a ponta da caneta. Então, como é que os astronautas iriam tomar notas?
Os soviéticos e americanos puseram as mãos à obra em busca de uma solução. E, segundo reza o mito, enquanto a NASA gastou milhões de dólares a desenvolver uma caneta que funcionasse no Espaço, os soviéticos foram mais engenhosos e encontraram uma solução fácil e óbvia — levar um lápis.
Mas a realidade não foi bem assim. Inicialmente, tanto os astronautas como os cosmonautas usaram lápis no Espaço. É verdade que a NASA investiu algum dinheiro num projecto dedicado à criação de uma esferográfica que pudesse ser usada pelos astronautas, mas acabou por meter a ideia na gaveta quando se apercebeu dos grandes custos que teria, segundo o Science Alert.
A Fisher Space Pen foi depois criada de forma independente por uma empresa privada. Depois da sua invenção, tanto os americanos com os soviéticos começaram a usá-la no Espaço. Mas por que é que trocaram para a caneta se o lápis funcionava?
Pelos vistos, os detritos dos lápis podem causar muitos sarilhos no Espaço. O chumbo pode soltar-se e ter lascas de madeira inflamáveis a flutuar numa nave espacial é uma má ideia. As partículas microscópicas de grafite que são condutoras de electricidade e que se soltam dos lápis também são um perigo à solta.
A esferográfica perfeita para o Espaço nasceu em 1965, pela mão de Paul C. Fisher, Friedrich Schächter e Erwin Rath.
Segundo FIsher, a fórmula a tinta surgiu-lhe num sonho. ” O meu pai tinha morrido cerca de dois anos antes e, naquele sonho, ele veio até mim e disse: ‘Paul, se juntaresuma pequena quantidade de resina à tinta, isso vai fazê-la parar de escorrer”. Eu contei isto ao químico, e o químico riu! Ele disse que não vai funcionar. Ele tentou todos os tipos e quantidades de resina”, relata.
“Três meses depois, ele voltou e disse que eu estava certo! Ele disse que estava a tentar encontrar uma maneira de fazer o breu funcionar, mas então percebeu que eu quis dizer resina! Ele usou resina a dois por cento e funcionou bem. Mesmo com 60 quilos de pressão de ar, não vazou”, acrescenta.
Fisher contactou a NASA para lhes vender as canetas e a agência americana decidiu comprá-las após testes rigorosos. A Fisher Space Pen estreou-se na missão Apollo 7 em 1968 e ainda hoje é usada pelos astronautas.
Não conseguir que as esferográficas tivessem tinta na ponta no espaço por falta de gravidade, para mim que li o artigo e pensei pouco sobre o assunto, parece-me um problema fácil de resolver.
Assim para obstar à falta de gravidade, bastava pôr uma tampa na ponta do tubinho que tem a tinta e uma mola a pressionar a tampa.
Julgo que resultaria.
Se a NASA tiver mais problemas deste tipo, basta ligar-me, porque muito provavelmente arranjo solução.
Ok.. cuidado com a grafite que é inflamável!!! Solução: resina.. essa sim pouco inflamável:)
A grafite é condutora e pode criar um curto-circuito. Esse era o maior problema.
Chumbo nos lápis?