//

A NASA já tem um plano para salvar a Terra do supervulcão de Yellowstone

7

stuckincustoms / Flickr

Águas termais em lagoa ácida no parque Yellowstone, nos Estados Unidos

Segundo os cientistas da NASA, os 20 supervulcões que conhecemos representam uma ameaça ao nosso planeta muito maior que a dos asteróides e cometas.

Cientistas da agência espacial norte-americana NASA afirmam que a ameaça da possível erupção de um supervulcão é “substancialmente maior” do que a dos asteróides ou cometas, cuja probabilidade de colidir com o nosso planeta é bastante baixa.

Os 20 supervulcões conhecidos na Terra, entre os quais a caldeira do Parque Yellowstone, nos EUA, e a caldeira vulcânica dos Campos Flégreos, em Itália, explodem em gigantescas erupções de consequências catastróficas, em média, uma vez em cada 100.000 anos.

Estas erupções causam normalmente extinções em massa e lançam o planeta em invernos vulcânicos que se prolongam por centenas ou milhares de anos – o que se torna um problema para as poucas criaturas que sobrevivem à erupção original.

Mas nem tudo está perdido. A NASA apresentou agora um ambicioso plano que permitiria salvar o planeta, evitando a erupção de um destes supervulcões – no caso, o de Yellowstone, considerado pelos cientistas como um “gigantesco gerador de calor”.

O plano da NASA é simples: arrefecer o supervulcão com água.

O geólogo Brian Wilcox, investigador do JPL da NASA e do CalTech, na Califórnia, explica à BBC os ingredientes chave da receita da NASA para combater um supervulcão: perfurar o solo terrestre a 10km de profundidade por baixo do vulcão, e bombear água a alta pressão para arrefecê-lo.

Segundo Wilcox, a água fria bombeada para as “entranhas” do vulcão regressaria à superfície sob a forma de vapor, a uma temperatura de cerca de 350°C, e lentamente, dia após dia, acabaria por extrair o calor do supervulcão.

Mas Houston, temos dois problemas: a gigantesca dimensão do vulcão de Yellowstone e a sua enorme capacidade de gerar calor faria com que o custo estimado do projecto se aproximasse dos 3 mil milhões de euros, e o arrefecimento do vulcão de Yellowstone demoraria dezenas de milhares de anos.

Ora o Yellowstone entra em erupção uma vez em cada 600 mil anos, e a última erupção do famigerado supervulcão foi há… 600 mil anos.

Mas sabendo que será impossível convencer qualquer governo a investir tal verba no arrefecimento de um dos 20 supervulcões que podem destruir a vida na Terra, a NASA encontrou uma solução peculiar: desafiar as empresas a usar o Yellowstone para construir centrais eléctricas geotérmicas.

“A caldeira de Yellowstone emite actualmente cerca de 6 gigawats de calor. É possível usar a nossa ideia de perfurar o subsolo de um vulcão para construir uma central geotérmica muito rentável”, diz Brian Wilcox.

“Uma destas centrais geotérmicas poderia facilmente gerar energia com um custo de cerca de 10 cêntimos por watt-hora“, precisa o cientista, “e esta receita poderia ser aplicada a cada um dos supervulcões que conhecemos”.

Está então encontrada forma de usar a única força da natureza suficientemente poderosa para convencer alguém a investir milhares de milhões para salvar a Humanidade: a ganância.

Resta saber se será possível encontrar a tempo o número suficiente de empresas para arrefecer suficientemente depressa os 20 supervulcões que, dizem os cientistas, podem acordar a qualquer momento — e estragar-nos os planos que tínhamos para as férias.

AJB, ZAP // BBC

7 Comments

    • E quando o vulcão explodir metade dos EUA será transformado num inferno.
      PS: Daquele parque natural sobrarão as rochas mais duras debaixo da lava da cinza e da pedra pomes…

  1. O que vai aniquilar a Terra não é o vulcão de Yellowstone, é o Donald “Duck” Trump. Espero que a Nasa também tenham um plano para salvar a humanidade.

  2. Será mesmo 10 cent por watt hora como diz a notícia? Isso dá 100€ (ou $, pois não está especificada qual a moeda) por cada Kwh, quando hoje se paga pouco mais de 0,20€ por Kwh (já com o IVA incluído)!

  3. Não quero estar a ser alarmista e negativo, mas quando Kim Jong-un diz que pode reduzir os EUA a cinzas, não estará ele a pensar lançar um míssil intercontinental transportando uma ogiva nuclear para atingir precisamente o super-vulcão de Yellowstone? Refletámos sobre isto.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.