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NASA cria Departamento de Defesa Planetária

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Touchstone Pictures

Armageddon (1998)

A NASA criou o Departamento de Coordenação de Defesa Planetária – ou PDCO, na sigla em inglês – que vai passar a coordenar todos os projetos financiados pela agência que se destinam a identificar e analisar asteróides ou cometas que passam perto da Terra.

Pouco se pode fazer para parar os asteróides que nos podem atingir a qualquer momento – não sabemos mesmo como pará-los.

Usando telescópios, os astrónomos têm trabalhado na localização e mapeamento dos objetos mais próximos da órbita da Terra – chamados em inglês de near-Earth objects (NEO) -, e já conseguiram localizar mais de 90% dos NEOs com mais de um quilómetro de diâmetro.

Ainda faltam os objetos menores, com diâmetro ou comprimento de 140 metros, que apesar de “pequenos”ainda representam um risco considerável. A NASA quer detetar também 90% destes até o fim da década.

Mas apenas localizar os objetos não é suficiente para afastar a sua ameaça.

O diretor do novo Departamento de Coordenação de Defesa Planetária, Lindley Johnson, declarou que “o estabelecimento formal do PDCO torna evidente que a agência está comprometida em liderar os esforços internacionais para a deteção das ameaças de impacto natural, e no planeamento para casos de eventual necessidade de uma defesa planetária”.

A longo prazo, a defesa planetária deve consistir do desenvolvimento de tecnologias ao estilo da usada no filme “Armageddon”, que possam redirecionar ou desviar NEOs que estejam em rota de colisão.

Se não for possível o desvio ou redirecionamento, a NASA trabalhará com a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) e homólogos de outros países, informando a hora e local do impacto e os efeitos esperados, para ajudar nas ações de mitigação de catástrofes.

É possível que a criação deste departamento da NASA sensibilize outros governos a lançarem ações semelhantes – ou até mesmo um projeto conjunto para o desenvolvimento de tecnologia de defesa planetária.

Como afirmou o astrónomo Neil deGrasse Tyson, cada asteróide que passa perto de nós é um lembrete da natureza: “E então, como vai aquele programa espacial?”

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