Sebastião Bugalho foi protagonista na Universidade de Verão do PSD: Pedro Nuno não está “apto” para liderar o PS.
Sebastião Bugalho foi o protagonista desta terça-feira na Universidade de Verão do PSD.
Em Castelo de Vide, Portalegre, o eurodeputado da AD centrou-se em assuntos europeus. A Europa quer “acordar antes de tocar o despertador” e está numa fase de “maturação”.
“Neste momento, há uma sensibilidade que é portuguesa e pró-portuguesa na União Europeia”, analisou Bugalho.
O jovem eurodeputado sublinhou que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é uma “amiga de Portugal”.
E recordou: “Quando tomou posse na sua reeleição, fez uma referência discreta ao 25 de Abril, falando de cravos em espingardas. A presidente da Comissão Europeia gosta de Portugal, veio ao encerramento da campanha da Aliança Democrática em Portugal”.
Enquanto elogiava a estabilidade da democracia em Portugal, olhou para a instabilidade de Alemanha ou Países Baixos, onde “os sistemas partidários ou políticos estão espartilhados, estão fragmentados. Há uma ascensão de partidos extremistas, contestatários desse regime constitucional de cada país”.
A família europeia onde está o Chega, a nova Patriotas pela Europa, “não decide nada na Europa”, desvalorizou: “Não têm presidentes de comissão, não têm presidentes de delegação. Têm 84 eurodeputados, é verdade, mas não se decide nada, não contam, não influenciam. Existem. Eles nem sequer ligam muito àquilo”.
Mais a nível interno, avisou: “A classe política, ou pelo menos parte dela, já percebeu que a brincadeira acabou. Já não dá para brincar com a democracia, com a economia, com o Estado social. Porque a brincadeira deu para o torto”.
Bugalho acrescentou que os políticos já interiorizaram que “têm de entregar resultados”.
Aqui, não se esqueceu do líder do PS: “Não podemos fazer política como Pedro Nuno Santos, que dizia que António Costa é o primeiro presidente do Conselho Europeu com peso político. Esqueceu-se que ao lado está sentado Donald Tusk, que foi presidente do Conselho Europeu e que acabou de tirar a extrema-direita do poder na Polónia coligado com socialistas e progressistas polacos, portanto da sua própria família política”.
“Não leu os jornais? Esqueceu-se? Não se apercebeu? Nenhuma das três seria bom sinal para alguém que tem de liderar o segundo maior partido português. Nenhuma das três seria um sinal de alguém apto a liderar um partido na Europa dos dias de hoje“, atirou.
António Costa também não foi esquecido na lista de críticas. O antigo primeiro-ministro deixou Portugal numa “inércia”.
“Sentarem-se em cima de São Bento e não fazerem nada, só ganharem eleições e verem-nos ir para o Luxemburgo”, acrescentou.
É isto que nos representa na Europa?
Jornalista idóneo…