Milhares de pessoas juntaram-se, algumas das quais sem máscaras, para ver as ondas gigantes da Nazaré, nesta quinta-feira, mas nenhuma delas foi multada, apesar de violarem as regras da Direcção-Geral da Saúde (DGS). No mar, as ondas não desiludiram.
Uma multidão de pessoas, entre portugueses, brasileiros, espanhóis, franceses e alemães, entre outras nacionalidades, juntou-se na Nazaré para assistir ao fenómeno das ondas gigantes.
As condições meteorológicas favoráveis proporcionaram um grande dia para os surfistas que se atreveram a entrar no mar para gáudio de uma assistência mais numerosa do que seria desejável em tempos de pandemia de covid-19.
Mas apesar de haver pessoas sem máscara e sem cumprirem as regras de distanciamento social, as autoridades não multaram ninguém, como revela ao Jornal de Notícias (JN) o capitão do Porto da Nazaré, Zeferino Henriques.
“Eram poucas pessoas sem máscara colocada. Talvez dezenas. O grande problema foi o ajuntamento”, refere ao diário o capitão.
Após a intervenção de elementos da Autoridade Marítima, da autarquia e da PSP da Nazaré, as pessoas foram colocando máscaras e distanciaram-se, garante Zeferino Henriques.
Autoridades apanhadas desprevenidas
Em declarações à Rádio Observador, o capitão nota que as pessoas foram também alertadas para se afastarem das falésias por razões de segurança, o que contribuiu para a dispersão da multidão.
Zeferino Henriques assume ao Observador que as autoridades foram apanhadas desprevenidas perante o ajuntamento “espontâneo” de “uns milhares” de pessoas durante a manhã.
O capitão assume que eram “mesmo muitas pessoas”, embora não tenham sido tantas como noutros anos.
À espera de um recorde…
A expectativa era grande para os amantes do surf que veem a Nazaré como a “Meca das ondas gigantes em Portugal”.
E as ondas não desiludiram, esperando-se que algum dos surfistas que enfrentou a força do mar tenha batido o recorde do brasileiro Rodrigo Koxa que surfou uma onda de 24,4 metros.
Os brasileiros Lucas Chumbo e Pedro Scooby terão surfado as melhores ondas do dia.
O surfista português Nico Von Rupp também se destacou, tal como o alemão Sebastian Steudtner.
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A World Surf League vai agora fazer medições minuciosas para apurar se temos recorde ou não.
É o País que temos (ou a falta dele). O “nacional porreirismo” só alimenta o sentimento de impunidade e, consequentemente, a transgressão. E quem sofre as consequências? – Quem cumpre!
O povo também é um pouco lerdo. O que este desgoverno tentou fazer foi reduzir a possibilidade de contágio em muitas zonas do interior do país, povoadas por populações idosas e consequentemente de maior risco.
Como seria de esperar, este fds haveria uma romaria generalizada às terrinhas, implicando em muitos casos convívio social. E tudo isto, em zonas habitadas por populações de risco. Procurou-se assim evitar este movimento geral (e repito GERAL) que seguramente contribuiria para uma maior disseminação do vírus e para consequências concretas ao nível de infetados e mortos.
Iniciativas como esta do canhão da Nazaré ou mesmo a fórmula 1, são eventos locais, embora “importem” gente de todo o país e até de fora. Mas estão circunscritas a um local e geralmente duram apenas um dia, não promovendo um contacto social no âmbito familiar generalizado como o que aconteceria este fds, um pouco por todo o país. Saliente que não apoio este desgoverno, sou seguramente dos seus maiores críticos aqui no ZAP mas compreendo a medida, mesmo que tomada ilegalmente e por isso sem qualquer valor. Mas, penso que a intenção era boa.
E aqui para nós, cuidem-se porque caso contrário nem o Natal iremos poder passar em família. Neste momento, parece-me que vai ser isso que acontecerá, até porque por essa altura, os números estarão muito mais inflacionados.
O “canhão de Covid” que seguirá também não irá desiludir !………Parabéns ao Governo, por a permissividade selectiva para alguns interesses não prioritários !…….
Pelo menos essa permissividade “seletiva” deu para aprovar agora o orçamento. Veja a festa do adiante.