Não há como as mulheres para ir ao gado

Não há pessoas mais indicadas do que as mulheres para estar com o gado. “Mas quem o demonstra?”, pergunta o leitor. São as mulheres e o próprio gado. “E como o demonstram?”, volta a questionar. Com muito carinho.

Um novo estudo, publicado esta quarta-feira na Human-Animal Interactions, que incidiu em programas de terapia humana com animais, revelou que os bovinos preferem interagir com mulheres do que com homens.

A iniciativa deste estudo surgiu por parte de duas investigadoras norte-americanas – Katherine Compitus e Sonya Bierbower – que quiseram de perceber melhor o impacto da recente tendência dos programas de terapia com vacas, para a saúde mental.

O objeto de estudo foram cinco homens, cinco mulheres e uma jovem num curral.

Com idades compreendidas entre os 13 e os 79 anos, os participantes tiveram de interagir durante, pelo menos, 45 minutos cada um, com dois novilhos machos de um ano de idade. Todos estavam “equipados” com guloseimas e uma escova para acariciar os animais.

Os participantes descreveram, depois, as interações com os vitelos, nomeadamente a forma como sentiram que os animais reagiram à experiência.

As mulheres foram quem mais relatou reciprocidade dos bovinos, em gestos como lambidelas, beijos, mugidos ou aceitação de guloseimas.

Por seu turno, embora também tenham descrito interações maioritariamente positivas, os homens relataram que, por vezes, os vitelos agiam de forma mais agressiva.

Foi ainda reportado que as mulheres beijaram os bois duas vezes mais do que os homens.

Além disso, como detalha a New Scientist, as mulheres passaram também muito mais tempo a brincar com os animais e a tirar fotografias com eles.

Foi incontestável para as investigadoras: no geral, as mulheres tiveram muito mais sucesso do que os homens, na relação com o gado.

“Por alguma razão, as mulheres parecem gostar mais. E as vacas também gostaram mais”, disse Katherine Compitus, da Universidade de Nova Iorque (EUA), citada pela New Scientist.

“Será que as vacas perceberam que as mulheres eram mais carinhosas e, por isso, atraíram mais atenção das mulheres?”, questionou.

Miguel Esteves, ZAP //

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