“Não podemos descansar à sombra da vacinação”. Costa lança aviso aos portugueses

Mário Cruz / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

Mesmo que Portugal seja o país com mais vacinas administradas, António Costa avisa que “não podemos estar a descansar à sombra da vacinação” e diz que não estão previstas medidas tão restritivas como no passado.

O primeiro-ministro, António Costa, disse que “não é previsível que se tenham de tomar outra vez medidas com a dimensão que tivemos no passado”, mas avisou que “não podemos estar a descansar à sombra da vacinação”, mesmo que Portugal seja o país com mais vacinas administradas.

“Não podemos é ignorar os sinais”, avisou o chefe do Governo, citado pelo Público. “Quanto mais tarde atuarmos, maiores serão os riscos”.

Portugal registou, esta segunda-feira, mais oito mortes e 974 casos de covid-19. António Costa reconhece que o aumento de novos casos é “motivo de preocupação”, principalmente tendo em conta a situação no continente europeu. Ainda assim, em Portugal, o “aumento não tem sido assim tão grande”.

Esta terça-feira, Rui Rio considerou que devem ser tomadas medidas como a imposição de limites na lotação das salas. O líder do PSD remeteu para a reunião dos peritos no Infarmed, esta sexta-feira, que deverá dar novas informações em relação ao combate à pandemia.

“Temos de voltar a ter algumas restrições o mais moderadas possível. Chegar a um confinamento total ou mesmo um confinamento parcial e tomar já medidas muito duras, não sei, tenho de ouvir os técnicos, mas parece-me que prudente será, desde já, tomar algumas medidas”, disse Rio aos jornalistas, em Felgueiras.

Costa recusa antecipar medidas antes de ouvir os especialistas. Segundo o primeiro-ministro é preciso avaliar o risco e tomar medidas “sempre com a regra de perturbar o mínimo possível a vida das pessoas mas sem correr o menor risco de agravamento da situação”.

“Não antecipo que tenhamos de adotar medidas que impliquem a existência do estado de emergência”, disse António Costa, citado pelo Observador. “Não devemos pensar que só acontece aos outros e há coisas que sabemos e sabemos que nenhuma vacina tem cobertura de 100%”.

Costa quer agir já, de forma a permitir um Natal “com menos receios”, para isso atuando preventivamente. “Quanto mais tarde atuarmos, maiores serão os riscos. Mas também não podemos atuar precipitadamente mas em função da informação científica”, explicou.

“Há uma coisa que todos sabemos. Nunca hesitámos e nem poderemos hesitar em adotar todas as medidas que se imponham e sejam necessárias para proteger a saúde dos portugueses”, atirou o socialista.

Daniel Costa, ZAP //

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