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A Namíbia acaba de eleger um deputado chamado Adolf Hitler. É ativista e “anti-apartheid”

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Heinrich Hoffmann / German Federal Archives; Election Commission Namibia

Adolf Hitler / Adolf Hitler Uunona

A Namíbia acaba de eleger nas eleições regionais um deputado chamado Adolf Hitler, um conhecido ativista e “anti-apartheid” em Uunona, a sua cidade natal, localizada no norte do país africano.

“Adolf Hitler teve uma vitória esmagadora nas eleições regionais na Namíbia”, escreveu esta quinta-feira o jornal alemão Spiegel, citado pela emissora Deutsche Welle.

De acordo com a imprensa internacional, o político recém-eleito é representante do partido Swapo, tendo sido eleito com 84,88% dos votos.

Em declarações ao jornal alemão Bild, o político explicou que o seu pai o tinha batizado com o nome de Adolf Hitler em homenagem ao ditador alemão porque, provavelmente “não entendia o que é que Adolf Hitler representava”. Agora, explica, é tarde de mais para mudar de nome, uma vez que este consta em todos os seus documentos oficiais.

Apesar de ter o mesmo nome do ditador alemão, o político frisa que mantém a maior distância possível do seu homónimo. “O facto de ter este nome não significa que esteja a planear dominar o mundo”, disse, em tom de brincadeira.

Segundo Spiegel, o nome “Adolf” é bastante comum na Namíbia, antiga colónia alemã. Existem também ruas batizadas de Otto von Bismarck (um importante estadista alemão do século XIX) ou Hans-Dietrich Genscher (político alemão do século XX) no país.

Entre 1884 e 1915, várias partes da Namíbia pertenceram ao Império Alemão.

Os colonizadores esmagaram de forma brutal revoltas dos grupos étnicos locais Hereros e Nama, matando dezenas de milhares de pessoas.

Até hoje, a relação entre a Namíbia e Alemanha não é fácil. O Governo alemão mantém, há vários anos, duras negociações com as autoridades do país africano sobre eventuais indemnizações relacionadas com crimes perpetrados durante a era colonial.

ZAP // DW

6 Comments

  1. os alemães não chacinaram “dezenas de milhares de pessoas”, foram centenas de milhares. Só os Hereros foi um milhão. A chacina dos africanos foi um ensaio do que viria a ser o Holocausto.

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