Na região habitada mais fria do mundo, também se faz exercício ao ar livre — mas com muitos casacos e até proteções na cara.
Agasalhados da cabeça aos pés, os atletas da maratona de Oymyakon, uma povoação em Yakutia, na Sibéria, correram a clássica maratona, com uma temperatura de -52ºC.
A Sibéria, mais propriamente Yakutia, no norte Rússia é o local habitado mais frio do mundo, e as temperaturas atingem no inverno com frequência várias dezenas de graus negativos.
Como conta a Reuters, os maratonistas, que correram sobre a neve, foram submetidos a exames médicos antes do início do evento.
Alisa Matveeva, uma das participantes, disse que a experiência foi “muito assustadora”, já que a temperatura mais baixa em que tinha treinado até agora era de -20ºC, que apanhou em Moscovo.
“Foi difícil correr nos primeiros 10 quilómetros. Depois foi mais fácil, porque já sabemos como respirar, lembramo-nos de que temos de tirar o gelo dos olhos, porque eles ficam cobertos de gelo”, disse.
“Estou muito contente por ter usado uma máscara térmica e palmilhas aquecidas, que me salvaram”, confessa a corredora.
Protegidos dos pés à cabeça, os atletas contam até com proteções para a cabeça e o nariz. Mesmo assim, falam aos jornalistas cheios de neve nas pestanas e na cara.
Em vez de água fresca, como é habitual por cá, na Sibéria bebe-se chá quente ou caldo nos postos de apoio.
Um total de 38 pessoas competiram na maratona (42 km e 195 metros), e na meia-maratona (21 km), que tiveram lugar na passada sexta feira.
A maratona da Sibéria acontece desde 1990. Devido às condições climáticas extremas, é muito difícil competir neste lugar: segundo contou ao The Mirror, o vencedor do ano passado quase desmaiou durante o percurso.