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Musk: agora vai comprar o TikTok?

Cristobal Herrera-Ulashkevich/EPA

Em causa a ameaça de proibição da rede social nos EUA. TikTok já negou esse cenário. Jovens e marketeers procuram alternativas.

As autoridades chinesas estão a ponderar a possibilidade de Elon Musk adquirir as operações norte-americanas do TikTok, caso a plataforma seja proibida nos Estados Unidos até ao final da semana, noticiou a agência de notícias Bloomberg.

“Altos funcionários chineses já discutiram planos de contingência para o TikTok como parte de uma discussão mais alargada sobre como trabalhar com a administração de Donald Trump, uma das quais envolve Musk”, disseram fontes confidenciais, citadas pela Bloomberg.

No ano passado, os EUA aprovaram uma lei que obriga o gigante chinês do entretenimento ByteDance a vender o TikTok até 19 de janeiro de 2025, sob pena de ser proibido no país, onde a aplicação tem 170 milhões de utilizadores.

O caso foi parar ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos, que ouviu os argumentos de ambas as partes na sexta-feira: Washington diz querer evitar os riscos de espionagem e manipulação por parte de Pequim, enquanto a rede social e as associações acusam a lei de sufocar a liberdade de expressão.

Uma clara maioria dos juízes estava preparada para autorizar a proibição.

O Governo chinês e a ByteDance sempre se opuseram abertamente à venda da parte norte-americana do TikTok.

O TikToknegou a possível venda a Musk. Classificou como “pura ficção” a possibilidade de a plataforma de partilha de vídeos curtos ser vendida a Elon Musk, caso o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decrete o seu encerramento.

“Não se pode esperar que façamos comentários sobre algo que é pura ficção”, reagiu a empresa, num comentário citado pela agência de notícias Efe.

A China criticou repetidamente “a repressão” dos EUA ao TikTok, afirmando que se trata de “uma tática de intimidação” que acabará por “sair pela culatra” aos EUA.

O encerramento do TikTok nos EUA pode ocorrer apenas um dia antes do regresso de Trump ao cargo, a 20 de janeiro.

Entretanto, esta ameaça de encerramento já originou duas reações nos EUA: dos utilizadores mais novos e dos profissionais do marketing.

Segundo o The Washington Post, muitos jovens dos EUA começaram a mudar-se para o RedNote – que também é chinesa, que também é muito censurada, e que quase só é usada por chineses. São os “refugiados do TikTok”. E a RedNote foi mesmo a aplicação com mais downloads na Apple, no fim de semana passado.

Já nas empresas de marketing, já há diversas empresas a procurar alternativas e a apostar mais nos reels do Instagram e nos Shorts do YouTube, indica a Ad Age.

ZAP // Lusa

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