A Alemanha celebra este domingo os 25 anos da queda do Muro de Berlim com um programa que inclui Beethoven, exposições e uma versão de ‘Heroes’, de David Bowie, por Peter Gabriel.
As comemorações oficiais decorrem junto à porta de Brandeburgo, lugar simbólico da divisão da cidade entre 1961 e 1989.
As marcas do muro foram recuperadas na sexta-feira com uma fileira de 8.000 balões, com cerca de 15 quilómetros, instalada sobre o traçado do Muro que durante 28 anos dividiu a cidade em duas, pertencentes a dois mundos diferentes.
Nas celebrações oficiais, dissidentes da ex-RDA evocarão a vida no Leste, bem como a noite de 9 de novembro de 1989, quando o Muro foi derrubado.
“A atmosfera de festa nessa noite era autêntica e incrível”, descreveu o ator alemão Jan Josef Liefers, citado no comunicado.
Esta noite, os balões serão desatados e libertados na noite, no céu de Berlim, ao som da 9.ª Sinfonia do compositor alemão Ludwig van Beethoven.
Os berlinenses poderão assistir, primeiro, a um concerto da orquestra da ópera de Berlim, sob a direção do maestro argentino Daniel Barenboim.
Música mais contemporânea preencherá o resto da tarde, que terminará com a actuação do ex-vocalista dos Genesis, Peter Gabriel, que interpretará ‘Heroes’, o hino que David Bowie gravou em 1977 junto ao muro, quando residia na então Berlim ocidental.
O veterano do rock alemão Udo Lindenberg, que compôs em 1983 ‘Sonderzug nach Pankow’, canção em que gozava com o então líder da Alemanha oriental, Erich Honecker, estará também presente.
Angela Merkel irá inaugurar uma exposição no Memorial do Muro de Berlim.
Está igualmente prevista uma cerimónia paralela, na qual deverão participar o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, os prémios Nobel da Paz Mikhail Gorbatchov e Lech Walesa, respetivamente ex-presidente soviético e ex-dirigente do sindicato polaco Solidariedade que se tornou chefe de Estado da Polónia.
“Com estas celebrações, festejamos a revolução pacífica e a queda do Muro”, sublinhou o porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert.
“Pensaremos nas muitas pessoas, corajosas e determinadas, que, com persistência, se manifestaram, tornando possíveis os felizes acontecimentos de 09 de novembro de 1989 e, em consequência, à reunificação da Alemanha“, em 1990, acrescentou.
/Lusa