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Mundo está longe de atingir a imunidade de grupo, alerta cientista chefe da OMS

Mahmoud Khaled / EPA

A cientista chefe da Organização Mundial de Saúde afirmou esta sexta-feira que a exposição da população mundial ao novo coronavírus está ainda longe dos 50 a 60% necessários para haver imunidade de grupo.

A imunidade de grupo acontece geralmente através da vacinação e acontece quando a maior parte da população está imunizada para uma doença, impedindo a sua transmissão.

Numa sessão virtual, Soumya Swaminathan afirmou que os testes serológicos feitos em alguns países atingidos pela pandemia da covid-19 mostram que apenas 5 a 10% das pessoas têm anticorpos, embora em algumas nações o número atinja 20%.

“À medida que vagas desta doença atingem países, as pessoas vão desenvolver anticorpos e esperamos que tenham imunidade durante algum tempo para servirem como barreiras e travões à infeção”, afirmou.

Soumya Swaminathan indicou que 50 a 60% da população terá que ter anticorpos para se atingir imunidade de grupo, mas outros especialistas indicam que esse número terá que ser ainda maior, entre 70 e 80%.

A cientista chefe da OMS afirmou que é mais seguro atingir imunidade de grupo com uma vacina, em vez de deixar a doença espalhar-se pela população, como chegaram a sugerir países como o Reino Unido, argumentando que esse caminho implica várias ondas de infeção com mortalidade elevada.

Em Portugal, estima-se três por cento da população portuguesa (300 mil pessoas) já foi infetada pela novo coronavírus (covid-19).

Os resultados são de um estudo levado a cabo pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA) no âmbito do primeiro inquérito à imunidade da população para a covid-19, que contou com a participação de 2300 pessoas, escreve o semanário Expresso.

De acordo com o estudo, o número real de pessoas que já tiveram a doença é seis vezes superior ao número de casos confirmados, com teste positivo, pelas autoridades.

ZAP //

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