Três por cento da população portuguesa (300 mil pessoas) já foi infetada pela novo coronavírus (covid-19), revela um estudo de imunidade.
Os resultados são de um estudo levado a cabo pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA) no âmbito do primeiro inquérito à imunidade da população para a covid-19, que contou com a participação de 2300 pessoas, escreve o semanário Expresso.
De acordo com o estudo, o número real de pessoas que já tiveram a doença é seis vezes superior ao número de casos confirmados, com teste positivo, pelas autoridades.
Trata-se de um indicador reduzido que segue a tendência de outros países europeus.
Segundo o mesmo jornal, estes valores já foram reportados ao Governo e dados mais detalhados deverão ser utilizados para preparar uma eventual segunda vaga de covid-19 no país, que poderão acontecer no outono.
O “inquérito, de base populacional, prevê a realização de cinco estudos epidemiológicos transversais” para “também estimar a fração de infeções subclínicas e assintomáticas e monitorizar a evolução distribuição de anticorpos ao longo do tempo”, explica o INSA.
O estudo foi desenvolvido pelos departamentos de epidemiologia e de doenças infeciosas do INSA e procurou avaliar a presença de anticorpos contra o SARS-CoV-2 na população residente, bem como perceber como foi a evolução ao longo do tempo.
Portugal regista esta quinta-feira mais três mortes e 229 novos casos de infeção pelo novo coronavírus (covid-19) em relação a quarta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até esta quinta-feira registam-se 49.379 casos de infeção confirmados e 1.705 mortes.