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Há mulheres-polícia que recebem menos quando estão grávidas

De acordo com um relatório sobre as iniquidades de género dentro da Polícia de Segurança Pública (PSP), ao qual a revista Sábado teve acesso, há mulheres-polícia que recebem menos quando ficam grávidas.

Segundo o inquérito realizado no âmbito do projeto europeu “Equal Police: European Police together toward more egalitarian workplace”, ao qual a revista Sábado teve acesso, a lei que garante os direitos sociais das mulheres quando estas engravidam, por vezes, não é no seio policial.

De acordo com a Sábado, o “direito de redução horária” e o “horário para amamentação“, às vezes, não é respeitado. Há ainda situações em que as agentes perdem parte do seu vencimento normal.

O relatório concluiu que, em relação ao vencimento, não há desigualdade entre homens e mulheres no mesmo cargo. Contudo, verifica-se, por vezes, um corte no vencimento na fase da licença de maternidade – e essa é uma das maiores dificuldades encontradas pelas mulheres-polícia, segundo as respostas dadas ao inquérito.

As agentes gostariam que os serviços sociais tivessem um papel mais interventivo, construindo creches e jardins-de-infância, além de oferecerem incentivos à natalidade.

O sindicato concluiu que a falta de respeito pelos direitos das agentes enquanto grávidas compromete a “harmonia entre a vida profissional com a vida familiar”.

Por outro lado, as agentes consideram que há igualdade na altura da promoção. De acordo com os dados divulgados pela Sábado, apesar de haver apenas 10% de mulheres nas forças policiais, representam 14,86% dos cargos de oficial.

Faltam coletes à prova de bala para mulheres

O relatório ao qual a Sábado teve acesso denuncia ainda a falta de coletes à prova de bala adaptados para o corpo feminino na polícia portuguesa. Os coletes existentes não são adaptados à anatomia feminina e às armas demasiado grandes.

Por outro lado, outra denúncia refere-se às instalações não-diferenciadas para homens e mulheres. Há, segundo o relatório, dezenas de esquadras espalhadas pelo país onde as instalações não estão preparadas para receber mulheres. A revista Sábado sublinha ainda que não há vestiários onde as agentes se possam “fardar e desfardar” e não há “casas de banho diferenciadas”.

Além disso, recentemente, entrou em vigor um novo modelo de fardamento na PSP. No entanto, esse novo modelo de requisição não responde “às necessidades específicas dos elementos femininos”. Segundo a Sábado, uma das peças de vestuário que não olha às diferenças entre homens e mulheres são as calças.

ZAP //

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