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Mulher negra e ex-refugiada eleita deputada estadual nos EUA

(dr) Nitika Gupta / Neighbors for Ilhan / Nicholas French Portraiture

Ilhan Omar, a primeira mulher de origem somali a ser eleita deputada estadual nos Estados Unidos

Ilhan Omar, a primeira mulher de origem somali a ser eleita deputada estadual nos Estados Unidos

No meio da polémica da eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, uma ex-refugiada foi recentemente eleita deputada no estado do Minnesota.

Ilhan Omar nasceu na Somália e viveu durante quatro anos num campo de refugiados no Quénia. Aos 14 anos de idade, teve a oportunidade de emigrar para os EUA onde aprendeu inglês e se licenciou em ciência política.

Hoje, aos 34 anos de idade e mãe de três crianças, Ilhan é a primeira mulher de origem somali a ser eleita deputada estadual, escreve o The Guardian.

“Hoje celebramos esta vitória mas o nosso trabalho não acaba aqui. Vamos continuar a construir um distrito, um estado e um país mais próspero e igualitário onde todas as pessoas possam ter oportunidades para que juntos possamos andar para a frente”, afirmou, quando soube que tinha sido eleita.

A sua vitória aconteceu menos de uma semana antes de Donald Trump, durante um comício, se ter referido aos imigrantes somalis como um “desastre”.

“Aqui no Minnesota, podemos ver os problemas causados com os refugiados, com um grande número de somalis a entrar sem o vosso conhecimento, apoio ou autorização”, afirmou o recentemente eleito Presidente.

“Alguns deles estão a juntar-se ao Estado Islâmico e a espalhar as suas visões extremistas por todo o país e pelo mundo”, cita o jornal britânico.

(dr) Nitika Gupta / Neighbors for Ilhan / Nicholas French Portraiture

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Além da visão partilhada pelo novo Presidente, a deputada conta que fica muito dececionada ao saber que o povo americano é tão intolerante e desigual a nível religioso, racial e social.

Segundo o The Guardian, depois da eleição, Ilhan foi acusada por sites conservadores de ser uma imigrante ilegal e de estar a divorciar-se de um homem por este ser, na verdade, seu irmão.

A nossa democracia é incrível mas é frágil. Aconteceu através de muitos progressos mas precisamos de continuar a lutar para torná-la, de facto, justa para todos”, afirma a deputada.

O seu primeiro projeto de lei será uma proposta que exige o registo eleitoral automático a partir do momento em que uma pessoa faça 18 anos ou quando tenha carta de condução.

ZAP / Hypeness

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