Depois de um diagnostico de cancro terminal com poucos meses de vida, Jamin David viu-se curada e livre da doença.
Jasmin David, uma mulher de origem indiana em Manchester, recebeu apenas meses de vida, depois de ter sido diagnosticada com cancro da mama.
Agora, no que se pode chamar um milagre, Jasmin é declarada livre do tumor.
Segundo a Interesting Engineering, foi em novembro de 2017, tinha apenas 51 anos de idade quando avistou um caroço acima do mamilo, e foi logo diagnosticada com uma forma tri-negativa agressiva de cancro da mamã.
David foi submetida a seis meses de quimioterapia, 15 ciclos de radioterapia, uma mastectomia, e conseguiu ver-se livre da doença.
Infelizmente, dois anos mais tarde, em Outubro de 2019, após uma tosse seca e dor no peito, o seu cancro voltou e tinha-se propagado nos pulmões, gânglios linfáticos, e osso torácico. O médico disse-lhe que só tinha meses de vida.
“Já tinha passado 15 meses depois do meu tratamento inicial do cancro e quase me tinha esquecido, mas depois o cancro voltou”, disse David à BBC Radio Manchester.
Jasmin participou num ensaio clínico, com um medicamento experimental combinado com um medicamento de imunoterapia, no hospital The Cristie.
“Quando me ofereceram o ensaio clínico, não sabia se iria funcionar para mim, mas pensei que pelo menos poderia fazer algo para ajudar os outros e usar o meu corpo para a geração seguinte”, observou David.
Durante o ensaio, que teve a duração de dois anos, foi administrado Atezolizumab, um medicamento de imunoterapia intravenoso, combinado com um medicamento experimental. Nessa altura, o Centro de Investigação Clínica do NIHR Manchester no The Christie NHS Foundation Trust estava encarregue da sua saúde.
“No início tive muitos efeitos secundários horríveis, incluindo dores de cabeça e temperaturas elevadas, por isso estive no hospital durante o Natal e muito mal. Depois, felizmente, comecei a responder bem ao tratamento“, disse ela.
“Há dois anos e meio atrás pensei que era o fim e agora sinto-me como se tivesse renascido”, acrescentou Jasmin David.
Em Junho de 2021, os exames não revelaram células cancerosas mensuráveis no corpo da paciente e foi considerada livre do cancro. “A minha fé cristã ajudou-me muito nesta viagem e as orações e apoio da família e amigos deram-me forças para enfrentar o desafio”, disse ela.
David, que vive em Fallowfield, acrescentou: “Estou aqui graças a The Christie e à investigação médica”.
Há dois anos, Jasmin visitou a sua família em Kerala para se despedir. “Chorei enquanto dava (à minha mãe) o que temia era o nosso último abraço de sempre. Mas ela encheu-me de positividade e disse-me: “Tenho a certeza que me verás de novo — e ambas estaremos vivas”. Voltei e concordei em fazer o ensaio clínico”.
Em Abril, David voltou para a sua mãe de 97 anos com a “boa notícia”. Ela decidiu reformar-se antecipadamente e “viver a minha vida em gratidão a Deus e à ciência médica”.
Atualmente, está ansiosamente à espera do seu 25º aniversário de casamento com o seu marido em Setembro — algo que ela pensava não ser possível há algum tempo”.
Entretanto, David continua a receber a medicação a cada três semanas, e o seu tratamento continuará até dezembro de 2023.
A experiência bem sucedida traz esperança a milhões de pessoas que sofrem de cancro da mama, embora seja necessária mais investigação para determinar a sua validade.
“É fantástico para todos quando alguém responde tão bem ao tratamento como Jasmin”, disse Fiona Thistlethwaite, oncologista médica e diretora clínica da The Christie, que está a liderar o ensaio.
A notícia nao informa qual o medicamento coadjuvante. Será segredo farmacêutico?
Caro leitor,
Segundo a informação que consta na nossa fonte, tal como a transcrevemos, “foi administrado Atezolizumab, um medicamento de imunoterapia intravenoso, combinado com um medicamento experimental”.