O Ministério Público (MP) pediu, esta quinta-feira, que o ex-dirigente do Benfica seja condenado pelos dez crimes de falsificação de documento e onze de burla qualificada de que está acusado.
Segundo o jornal Público, em causa está o facto de o Ministério Público considerar que, durante o julgamento, ficou provada toda a matéria da acusação, para além de o próprio arguido ter confessado parte dos factos em tribunal.
Luís Moreira, ex-responsável da equipa de futsal do Benfica, andou fugido à justiça durante quase nove anos, depois de ter escapado, em 2010, de uma cadeia brasileira. Em julho do ano passado, o antigo dirigente encarnado foi detido em Santarém.
O arguido, de 57 anos, está acusado de dez crimes de falsificação de documento e onze crimes de burla qualificada. De acordo com o diário, Luís Moreira, que deixou o clube da Luz em 2007, apropriou-se de mais de 5,8 milhões de euros ao ficar com o dinheiro de sinais de contratos de promessa de compra e venda de terrenos que não eram seus, mas para os quais apresentava procurações falsas dos verdadeiros donos.
De acordo com os procuradores, a atuação do arguido causou “um dolo muito intenso” aos 13 lesados, tendo alguns deles sido obrigados a encerrar as empresas.
O advogado de Luís Moreira, por sua vez, lembrou que o cliente confessou parte dos crimes, recordando também que o seu cliente não sabia que estava a usar procurações falsas.
A defesa referiu ainda que o ex-dirigente do Benfica agiu sob coação, uma vez que existiriam vídeos de cariz íntimo que colocavam em causa a sua reputação, acrescenta o matutino.
A leitura da sentença do arguido, que neste momento está detido na prisão de Caxias, ficou marcada para 28 de fevereiro.