/

Movimento antimáscaras ganha adeptos em Portugal

6

Nos últimos dias, foram vários os manifestantes que encheram as ruas de Madrid, Bruxelas e Berlim a exigir o fim do uso obrigatório de máscara de proteção. Em Portugal não há protestos marcados, mas o movimento antimáscara está a ganhar adeptos.

Segundo o semanário Expresso, são quatro as petições públicas online para a Assembleia da República com centenas de assinaturas a pedir o fim do uso obrigatório de máscara de proteção. “Provado que está a contaminação na garganta por diversos micro-organismos derivados do uso de máscara, vimos fazer esta petição para pôr fim ao uso obrigatório de máscara”, lê-se num dos documentos citados pelo matutino.

Um outro promotor sublinha que é “inadmissível que as autoridades possam interferir na forma como respiramos”, garantindo que, a pretexto do vírus, “caminhamos todos a passos largos para uma perigosa ditadura, em que os termos ‘regras’, ‘obrigatório’ e ‘proibido’ vão estar no centro das nossas vidas”.

O semanário destaca ainda que chegaram à Provedoria de Justiça cinco queixas contra o uso de máscara, exclusivamente na ilha da Madeira, onde a partir do dia 1 de agosto se tornou obrigatório o seu uso em qualquer espaço público.

Por sua vez, a Direção-Geral da Saúde (DGS) garantiu ao Expresso não ter recebido qualquer documento a criticar as opções das autoridades de saúde pública sobre o uso de máscara em Portugal.

O Expresso escreve que é nas redes sociais, sobretudo em contas associadas a movimentos de extrema-direita, que crescem os defensores do fim das máscaras. “Estamos cansados de respirar mal com as máscaras”, disse um dos elementos que mais fazem apologia ao fim destes escudos de proteção.

Elas não nos protegem de nada, ao contrário do que nos impingem a Direção-Geral da Saúde e a ministra Marta Temido”, acrescentou um outro elemento, em declarações ao Expresso.

“O objetivo destes movimentos é pôr em causa as autoridades. Argumentam que tudo o que tem sido feito para combater o vírus não passa de uma grande conspiração. Podemos todos estar fartos delas, mas as máscaras são fundamentais para reduzir a disseminação da covid-19″, disse Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, que se diz preocupado com a quantidade de fake news relacionadas com este tema.

“Tudo deve poder ser questionado, mas sem se utilizar falsa ciência para o fazer”, rematou.

O Governo espanhol apelidou os três mil manifestantes, que no último domingo se juntaram na Praça de Colón, em Madrid, de “descerebrados”, por não terem usado máscara nem terem respeitado o distanciamento de segurança, garantindo que vai avançar com duras punições contra os infratores.

ZAP //

6 Comments

  1. «caminhamos todos a passos largos para uma perigosa ditadura em que os termos ‘regras’, ‘obrigatório’ e ‘proibido’ vão estar no centro das nossas vidas.»
    Esta frase é de quem parece não saber o que é uma ditadura, como mostra desconhecer os fundamentos da democracia. Deixa a ideia de que a relação entre o significado e o referente das respectivas situações está trocada. Esqueceu-se de que o que quer e o que não quer não tem de coincidir com os gostos e os desejos da população.
    Vista a questão de outro modo, o autor da dita frase quer impor aos outros a ditadura de os poder infectar à vontade, mas não aceita a democracia de a maioria delegar em quem a governa o dever de zelar pela saúde de todos.
    Assim nunca mais lá vamos!!!

  2. Entre esta malta e a do desinfetante para a veia, pouca ou nenhuma diferença há.

    O que vem a seguir? A malta anti-vacinas? Festas de positivos?

  3. O que deveria vir a seguir, é o uso da inteligência por parte do povo. Na vez de criticar porque temos a proteger-nos, o pai, Portugal e a mãe, OMS, era melhor tentar raciocinar. Todos esses manifestantes contra o uso da máscara, em vários países, são o quê? Suicidas? Irresponsáveis, idiotas, ??? e, esse tipo de pessoas só existem na extrema direita, ou extrema esquerda? Interessante! Já perguntaram sequer a que partido pertencem, ou apoiam? então o que se passa? E porque ainda há contaminações nos lares? E porque é que há medicação comprovada e está proibida? E porque existem escândalos em revistas científicas de renome? E porque se opta pelos testes menos fiáveis quando está comprovado que há outros que são fiáveis? É verdade, não é a ver a Netflix que se aprende, é preciso procurar a informação. Pelos visto são poucos a procurá-la. É menos cansativo ouvir o telejornal e deixar a cabeça em repouso.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.