José Mourinho pediu hoje ao treinador do Sporting, Marco Silva, que não pense que um ponto com o Chelsea já é bom, no jogo de terça-feira, do Grupo G da Liga dos Campeões em futebol.
“Se calhar pensam que um ponto é bom, mas uma coisa é jogar para empatar outra é consegui-lo. Mas analisando a forma como o Sporting jogou com o FC Porto, acredito que vão entrar em campo para ganhar e não para empatar”, disse José Mourinho, a quem parece não agradar um Sporting com uma postura muito defensiva.
O treinador dos “blues” entende que “um bom resultado é ganhar”, mas faz a distinção entre “querer e conseguir” e recordou que tanto o Benfica como o FC Porto “quiseram ganhar ao Sporting e não conseguiram”.
Memórias de Alvalade
“O Sporting tem as suas armas e ambições e não tenho dúvidas que nos vai proporcionar um jogo difícil”, acrescentou Mourinho, cuja passagem por Alvalade recordou com satisfação e orgulho, com exceção do momento em que o então presidente Sousa Cintra o despediu juntamente com a equipa liderada por Bobby Robson.
Apesar disso, guarda boas recordações, recordando o apoio dado por Manuel Fernandes.
“Deu-me a mão e depositou toda a confiança em mim. Devo-lhe a ele e ele nada me deve. Tenho uma relação de amizade e respeito com ele. O Sousa Cintra foi uma personagem com quem me diverti imenso, era um miúdo na altura, com exceção do momento em que nos mandou pegar na trouxa e ir embora”, lembrou.
Clube português vencer Champions é possível, mas difícil
De resto, Mourinho disse que, “se pudesse escolher, colocaria o Chelsea em primeiro do grupo e o Sporting em segundo”.
No entanto, não considerou o jogo especial por ser contra o Sporting, qualificando-o como “mais um como os outros”, porque nestas situações “isola-se sempre dos aspetos emocionais” que envolvem os jogos.
Sobre as hipóteses de um clube português voltar a conquistar a Liga dos Campeões, considerou que “é possível, mas difícil”, lembrando que a última conquistada já foi há dez anos, consigo à frente do FC Porto, que a penúltima foi num espaço de tempo mais largo e que a antepenúltima ainda num período mais distante.
/Lusa