Motorista João Perna passava cheques ao patrão, José Sócrates

8

José Sena Goulão / Wikimedia

Ex-primeiro-ministro e ex-líder do PS, José Sócrates

Ex-primeiro-ministro e ex-líder do PS, José Sócrates

As contas bancárias do motorista de José Sócrates, João Perna, terão sido usadas como ponte de passagem do dinheiro entre Carlos Santos Silva e o ex-primeiro-ministro. O Ministério Público diz que, desta forma, Sócrates tentava evitar uma ligação directa ao amigo.

Esta ideia é divulgada pelo DN que salienta que, “desde 2011, terão passado pela conta de Perna 87 mil euros provenientes de Carlos Santos Silva para pagar despesas de Sócrates“.

O Ministério Público terá detectado várias transferências suspeitas, feitas das contas de João Perna para as de José Sócrates, coincidindo, nos montantes e nas datas, com outras transferências feitas por Carlos Santos Silva para as contas do motorista.

Depois de se ter noticiado que João Perna transportava dinheiro em malas para José Sócrates, surge agora a ideia de que o motorista serviu de intermediário também em transferências bancárias e passagem de cheques.

O Ministério Público, segundo aponta o Diário de Notícias, entende que havia uma “rotina” nestas transferências, constatando que os valores se destinavam ao pagamento de condomínio, viagens, roupa e outras despesas de José Sócrates.

Entre as várias transferências detectadas pelo Ministério Público, o Diário de Notícias refere uma que terá ocorrido em 10 de Maio de 2012, em que João Perna terá depositado um cheque de 15 mil euros que lhe terá sido passado por Carlos Santos Silva. Quatro dias depois disso, um cheque com o mesmo valor, emitido pelo motorista em nome de José Sócrates, terá sido depositado na conta do ex-primeiro-ministro.

João Perna, que está em prisão domiciliária, depois de ter visto a medida de coacção de prisão preventiva alterada, trabalhava como motorista de José Sócrates desde 2011. Ele é suspeito de fraude fiscal qualificada, de branqueamento de capitais e de detenção de arma proibida.

Entretanto, o CM apurou que José Sócrates terá pressionado a direcção do INEM, quando trabalhava na Octopharma, no sentido de que esta mantivesse contratos com empresas da esfera da farmacêutica.

O presidente do INEM, Paulo Campos, terá contudo evitado qualquer contacto com José Sócrates, não se deixando influenciar.

SV, ZAP

8 Comments

  1. Potes vários para tanto mel. O enchame é que anda a pagar. É. Tantos juizes e todos enganados, pela extensão e complexidade, no detalhe para formalmente acusar… Há que aguardar. É provável haver ainda outros tipificados ‘cá-fora-dentro’

  2. O Tone é empresário? Se os empregados andam sempre a pedir-lhe é porque você não lhes paga o devido! Empresário ladrão, de certeza!

  3. No tempo da inquisição alguns ricos eram acusados dos maiores disparates matavam-lhe toda a familia e ficavam-lhe com os bens, ainda hoje o fazem em alguns paises do terceiro mundo,por cá que tambem somos do terceiro mundo já se comecou a fazer o mesmo,a mim para me roubar andam a fazer o mesmo,a merda é a mesma as moscas é que são diferentes.

    • Do 3º mundo já era… Agora é mais do ‘mundo em desenvolvimento´… Aquele tipo de ‘escolaridade’ é idêntica à generalidade dos continentes, excepto na maioria dos paises escandinavos! Porque será? É certo que o problema não será da mosca nem da abelha. Será do mel do pote, ou da meia do pé de outro?

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.