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Moto GP regressa a Portimão em Novembro com 67 mil nas bancadas

Tim Keeton / EPA

É o regresso da prova a Portimão, com a autarca a realçar que estão previstos 40 milhões de euros de retorno para a região algarvia.

Cerca de 67.500 pessoas poderão assistir finalmente ao vivo ao Grande Prémio de MotoGP no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, entre 5 e 7 de novembro, foi hoje anunciado.

Na apresentação do evento em Portimão, o administrador do AIA revelou que em novembro a lotação dos eventos deverá estar nos “100%”, mas por “precaução”, a organização irá disponibilizar apenas “75% dos lugares”, o que se traduz em cerca de 67.500 espetadores, cumprindo as regras sanitárias em vigor.

Esta é a terceira vez que o Moto GP marca presença no circuito algarvio num espaço de um ano, mas a primeira em que o público poderá assistir a “uma das últimas provas” do lendário Valentino Rossi e ver o piloto português Miguel Oliveira (KTM), “a lutar por uma vitória”. Algo que Paulo Pinheiro classificou com “único”.

Para o responsável, esta prova é o reconhecimento de uma “longa caminhada” do projeto que possibilita a realização de três provas do MotoGP e duas de Fórmula 1 “no espaço de 12 meses”, às quais se soma quase uma dezena de outros eventos.

Presente na apresentação, o piloto Miguel Oliveira recordou a primeira corrida oficial no Algarve, em novembro de 2020, que acabou por vencer e revelou a “felicidade” que sentiu quando soube que o MotoGP iria regressar em abril deste ano, mas será ainda melhor agora com público.

“Faltava esse ingrediente especial que tanto os pilotos e toda a organização gostam de ter que é o calor dos fãs”, assumiu, algo que irá acontecer na prova em novembro. Na componente competitiva mostrou a esperança que seja “mais risonha” que a prova de abril e espera um “grande resultado”.

Questionado sobre o segredo de correr naquela que é apelidada de montanha-russa algarvia, o piloto português presente no Mundial de MotoGP avançou que é “desfrutar dela” para que se possa “apreciar” uma volta a 300 quilómetros hora”.

Retorno para o Algarve

A presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, também presente na apresentação, realçou os “40 milhões de euros de retorno” previstos para a região com esta prova.

Isilda Gomes revelou que muitos hoteleiros estão a ponderar “não fechar os hotéis” no mês de outubro, procurando mantê-los abertos “até novembro”. A responsável mostrou-se satisfeita por “finalmente” haver uma prova com o nome “Algarve”, que vem “dar força” à ideia de que esta é uma “verdadeira região”.

Já para o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes, esta é uma prova “importantíssima para o Algarve” com a capacidade que tem para “atrair público” para a região na época baixa, somada à possibilidade de “promover a imagem do Algarve a nível internacional”.

Segundo a organização, uma das novidades desta corrida é a montagem de uma bancada num dos locais mais marcantes do circuito, junto à curva Craig Jones. Como complemento ao espetáculo das motos a rolarem a alta velocidade, o AIA tem também agendadas outras iniciativas de entretenimento do público, entre as quais atividades em pista e demonstrações aéreas.

O Autódromo Internacional do Algarve vai voltar a receber uma etapa do Mundial de MotoGP, em 7 de novembro, após o cancelamento da etapa australiana. O circuito algarvio, que acolheu o Grande Prémio de Portugal, em 18 de abril, na terceira etapa do campeonato do mundo de motociclismo de velocidade, vai acolher a 17.ª prova do ano.

Esta vai ser a terceira vez que a categoria ‘rainha’ do motociclismo de velocidade passa pelo Autódromo Internacional do Algarve, depois da estreia em 2020, com a vitória de Miguel Oliveira.

LUSA //

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