Morreu o último desaparecido no ataque de 7 de outubro

Abir Sultan/EPA

A última pessoa desaparecida em Israel após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas, em 7 de outubro, foi confirmada como morta após uma “extensa investigação” – revelaram as forças israelitas, esta terça-feira.

“Bilha Yinon já não está viva” – foi a confirmação oficial dada pelas Forças Armadas de Israel (IDF), esta sexta-feira, sobre a última pessoa apontada como desaparecida desde o ataque de 7 de outubro.

As IDF, especificamente a direção de recursos humanos, realizaram um “extenso esforço de investigação através de diferentes equipas em vários terrenos para determinar o destino de Yinon”, pode ler-se num comunicado divulgado no Telegram.

“No âmbito deste esforço, foram descobertas evidências na área da casa de Yinon que, após testes complexos, permitiram a verificação da sua identidade”, detalharam ainda as IDF, acrescentando que a morte ocorreu no dia no ataque do Hamas contra Israel.

Após o ataque, Israel declarou uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

Segundo o balanço mais recente do Exército israelita, a 7 de outubro, o Hamas fez 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto.

Guerra alastrou-se no Médio Oriente

A guerra, que esta quarta-feira entrou no 305.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 39.623 mortos e 91.469 feridos, além de cerca de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após quase dez meses de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades do enclave controladas pelo Hamas.

O conflito causou também mais de dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Israel está sob ameaça do Irão e do Hezbollah, após o “assassínio seletivo” de dirigentes do Hezbollah e do Hamas.

ZAP // Lusa

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