O bailarino e coreógrafo Jorge Salavisa, que dirigiu o Ballet Gulbenkian e a Companhia Nacional de Bailado (CNB), morreu esta segunda-feira, aos 81 anos, confirmou à agência Lusa fonte oficial da CNB.
A notícia da morte de Jorge Salavisa foi avançada pelo jornal Público. Segundo aquele jornal, o bailarino e coreógrafo morreu em casa, em Lisboa, vítima de doença.
Nascido em Lisboa, em 1939, Jorge Salavisa iniciou os estudos de dança com Ana Máscolo e prosseguiu a sua formação artística em Paris, com Victor Gsovsky e Lubov Egorova, ingressando a seguir no Grand Ballet du Marquis de Cuevas, onde permaneceu até à extinção dessa companhia, em junho de 1962.
Entre 1977 e 1996 foi diretor do Ballet Gulbenkian, companhia que acabou por ser extinta em 2005. Em 1998, assumiu a direção da CNB, mantendo-se no cargo até 2001. Jorge Salavisa também presidiu ao Organismo de Produção Artística, entidade gestora do Teatro Nacional de São Carlos e da CNB, entre maio de 2010 e janeiro de 2011.
Ao longo da carreira, Jorge Salavisa trabalhou com bailarinos e coreógrafos de renome como Bronislava Nijinska, Robert Helpmann, Daniel Seillier, Nicholas Beriosoff, Maria Fay, Roland Petit, Mary Skeaping, John Taras, entre outros.
Votos de pesar de Marcelo e Governo
A ministra da Cultura, Graça Fonseca, já lamentou a morte de Jorge Salavisa que classificou como um homem “que ajudou a definir a cultura em Portugal”.
“A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte do bailarino, professor e diretor artístico Jorge Salavisa, nome maior da dança contemporânea, tanto nacional como internacionalmente, e um homem que ajudou a definir a cultura em Portugal”, pode ler-se numa mensagem publicada na rede social Twitter pelo Ministério da Cultura.
“O que a dança contemporânea é, hoje, em Portugal, tem o cunho muito particular deste artista e pedagogo exemplar”, acrescenta a governante na nota de pesa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enalteceu também a memória do bailarino e coreógrafo Jorge Salavisa, recordando-o como um “professor tão exigente quanto generoso” cuja missão de formação nunca seria terminada.
“Despedimo-nos hoje, já com saudade, de um homem invulgar, um bailarino virtuoso, um professor tão exigente quanto generoso, que ajudou a formar e deu palco aos mais talentosos bailarinos portugueses. Elevar o ballet nacional a um nível superior, aberto, tangível, ao alcance de todos: foi este o seu maior propósito – ‘um sonho’, assim definia Jorge Salavisa a sua missão, nunca impossível, nunca terminada”, pode ler-se na mensagem publicada na página da Presidência da República.
O chefe de Estado salienta que recebeu a notícia da morte de Salavisa com “profunda tristeza” e envia condolências a família e amigos.
Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, destacou esta segunda-feira que o bailarino e coreógrafo Jorge Salavisa, “figura de referência da dança em Portugal”, teve “um papel renovador no Ballet Gulbenkian, abrindo caminho a muitos talentos”.
Numa mensagem publicada hoje no Twitter, António Costa fala numa “figura de referência da dança em Portugal. Bailarino”, que “teve um papel renovador no Ballet Gulbenkian, abrindo caminho a muitos talentos”.
ZAP // Lusa