É certo que há organização, que os treinadores sabem o que fazem; mas falta querer mais, faltam qualidade, arte e… golos.
A 18.ª jornada da I Liga, que marca o início da segunda volta, ainda não terminou; falta o Boavista-Casa Pia, marcado para hoje, segunda-feira.
Num dos quatro jogos deste domingo, houve um que mostrou quase na perfeição o que são a maioria dos jogos do campeonato – e do futebol português, no geral.
É certo que há organização, que os treinadores sabem o que fazem; mas depois faltam qualidade, arte e… golos.
O jogo em causa foi o Moreirense-Farense, que terminou sem golos. Um duelo equilibrado, com cultura táctica, com os futebolistas a aplicarem os desenhos dos treinadores César Peixoto (Moreirense) e Tozé Marreco (Farense).
No entanto, e como sublinha a crónica no zerozero, faltou qualidade individual. Sempre que aparecia um momento em que era precisa a tal “arte”, não se viu.
O Moreirense teve mais iniciativa ofensiva – porque quis. O Farense ficou mais à defesa – porque quis.
Ou seja, os dois conjuntos mostraram que sabem o que fazem em campo; o jogo até foi entretido – mas faltou o resto. Falta qualidade, inspiração. Às vezes falta atrevimento, vontade em chegar à frente. Falta os guarda-redes serem obrigados a intervir mais vezes.
E, mesmo quando há (raras) oportunidades claras de golo, há jogadores que parecem ser candidatos a suplentes do Esposende.
Com tudo isto, e como em tantos outros jogos, 0-0. Noutras partidas, quando há golos, vemos um ou dois.
No meio do enfadonho, o Farense terá ficado particularmente satisfeito com o ponto conquistado fora, na luta pela manutenção; tem 15 pontos, tal como o AFS. Só o Boavista está atrás (com menos um jogo), com 12 pontos. O Moreirense ficou-se pelo 8.º posto, com 23 pontos.