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Moram em garagens, sótãos e armazéns… renovados e com via verde nas licenças

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A construção low cost vem responder a um período difícil do acesso à habitação. Há casas de madeira, pré-fabricadas e espaços reaproveitados. Há quem viva em garagens, com boas condições (e boas rendas), mas há quem se aperte em T0 ou casas partilhadas.

Têm “autorização automática, dispensando-se a revisão de planos de ordenamento do território ou da licença de habitação, desde que a custos controlados“, como está previsto no programa Mais Habitação (MH).

É prevista no programa a  “reconversão de imóveis para uso habitacional através de procedimento simplificado de alteração”, conta o Expresso.

Há quem reconverta espaços reservados a comércio, por exemplo, mas também as garagens e sótãos são lugares prediletos para os que querem poupar nas rendas (por exemplo, um sótão equiparado a  “estúdio”, variam entre os €280 e €600).

Armazéns, garagens, lojas que sustentam a necessidade de aproveitar e transformar espaços existentes, alterando a sua utilização, o que contribui para uma maior sustentabilidade das edificações”, diz a arquiteta Catarina Silva, do atelier Art Fusion.

Os armazéns têm “enormes possibilidades, com pé direito alto, uma estrutura que facilita o projeto e a obra e que se transformam em habitação com facilidade”, conta Joana Pinto, do atelier Studioarte.

Uma pesquisa do Expresso encontrou  armazéns à venda por valores entre 29 mil euros e 240 mil euros, “com potencial para transformar em habitação”.

Com “materiais, mão-de-obra, equipamentos e alguns custos, a transformação de um armazém em habitação varia entre os 800 e os 1200 euros”, relata António Abrantes, empreiteiro, que acha que “compensa” investir neste formato de imóvel.

Mas estes esforços não bastam para responder à crise da habitação, e há mesmo quem esteja a dividir apartamentos em dois… ou três.

João de Sousa Rodolfo, arquiteto, diz que “a reformulação do interior, em casas muito compartimentadas, com espaços insalubres e sem dimensões mínimas e que permitem reduzir a tipologias, para T1 e T2″.

Neste caso, os apartamentos podem ficar, assim, compartimentados, e uma só habitação pode ser partilhada por mais do que uma família, como se fossem casas separadas.

O arquiteto admite que  esta “tendência permite contornar a falta de espaço urbano edificável, acrescentar oferta no mercado e aumentar as frações por imóvel”.

“Num prédio de seis pisos podem ser colocados três apartamentos T3 por piso, ou seis T0″, diz Jorge Rodrigues, administrador da Prummo, pelo que o próprio setor da construção também está a apostar na criação de fogos cada vez mais pequenos. São as chamadas “mini-casas”.

Muitos apartamentos, com menos de 30m2 “são procurados como rendimento, por estudantes ou pessoas que não conseguem pagar o montante da casa que precisam”. Ainda assim, uma renda num espaço deste tipo pode custar cerca de 450€.

Há ainda a solução das casas de madeira, ou pré fabricadas, onde o custo por m ronda os mil euros. Podem ser construídas em cerca de 3 dias.

A industrialização consegue ultrapassar a falta de oferta com casas produzidas através da pré-fabricação e capazes de estimular a modernização do setor da construção”, conclui o arquiteto Samuel Gonçalves.

ZAP //

5 Comments

  1. Vivem como Bichos. Escandaleira Tuga, o Desprezo pelo Ser Humano, é essa bicharada que se apoderou das “Instituçoes e Organismos”. Qualquer coisa serve, é bom, mas para os OUTROS.
    E como vai os Vistos Gold para a construção. E o AL, tem trazido mais Receitas ao “Governo”? Estão satifeitos?
    E os Estrangeiros que vem pra cá comprar Habiotações e Casas, aumentam em flecha a Procura e os Preços. O Governo onde anda? Não vè ou não quer saber?

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    • Já foi a Paris, Londres etc… A solução é fecharmos o país e criarmos uma ditadura para que o Lisboeta possa voltar a viver em T3 com rendas de 25€. A modernização e evolução de um país ou cidade nem sempre satisfazem todos.

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  2. Está notícia não corresponde a realidade não há via verde de licença nenhuma. Experimentem fazer isto e não vão conseguir licenciar nada. As câmaras só arrastam os processos. Façam jornalismo de investigação e não apenas repetição do que é sito por comentadores também pouco informados. Comecem a falar com os proprietários e a saber as suas dificuldades e deixem de desviar as atenções porque o verdadeiro culpado são as políticas erradas

  3. Acho muitíssimo bem, o Mercado rápidamente ajusta e apura todas essas situações para a sua melhor versão, é óbvio que o consumidor irá sempre procurar a melhor solução!
    Ou então continuarmos a sustentar essa classe super-protegida de peste grisalha que já viveram a sua vida mas impõem roubá-la às gerações mais novas que não têm onde viver, criar família e tb usufruir duma vida no centro da cidade.
    Vivem folgadamente em casas T5 alugadas com rendas de outros tempos, qd a maioria recebe 10x mais de pensão e afins. Casas essas que entendem como suas, pois viveram lá toda a vida… na realidade com rendas tão baixas nunca tiveram sequer preocupação ou incentivo para as comprar.
    A esquerda radical quer proteção, então analisem caso a caso e sejam justos no que cada um pode pagar, o que é muito raro nestes casos. é por estas e outras que anda tudo a alinhar à direita fartos de pseudo-iluminados que preferem defender minorias em vez duma sociedade mais justa para todos.
    Claro que qd lhes toca a eles, viram logo o bico ao prego tipo Robles… ai não…!

    • E tu deves ter tomado alguma Pilula da Eterna Juventude, nunca vais ficar velho. Mas presta atenção a geração que vem atrás ainda é mais selvagem du que tu. Quem sabe, seria uma C astigo do ALtissimo, quando chegares a Grisalho estares mais dependente dos outros que mais ninguem. Acho que ainda te vais arrepender de andares a cuspir na Sopa, ou talvez, vais-te arrepender do “mal” que não conseguiste fazer à Humanidade.

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