Montenegro: o fim do socratismo, o (re)candidato e o… silêncio

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Pedro Sarmento Costa / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro

Candidato a primeiro-ministro será candidato à liderança do PSD – mesmo que perca em Março. Sobre a Madeira, há uma questão de lealdade.

Luís Montenegro voltou a criticar as promessas eleitorais de Pedro Nuno Santos, recuperando o discurso de que “de repente, parece que é possível dar tudo a todos”.

E recordou outros tempos do PS: “Por estes dias, se fechasse os olhos e ouvisse determinadas narrativas políticas, diria que estávamos mais ou menos em 2009 quando em, vésperas de eleições, se prometeu de uma assentada fazer tudo aquilo que não tinha sido feito até ao momento”.

O líder do PSD falava de José Sócrates, no ano das eleições legislativas de 2009. Agora “parece que há alguma similitude entre protagonistas e discursos políticos que se aproximam do ponto de vista do espírito com que estão a intervir e a apresentar soluções”.

Por isso, um aviso: “Creio que é altura de dizer não ao regresso do socratismo, não ao regresso de uma política que trará fatalmente desequilíbrios orçamentais no futuro”.

O candidato a primeiro-ministro admitiu ainda que o programa económico da Aliança Democrática ainda não foi “explorado” como devia – sem o dizer directamente, estava a referir-se à atenção mediática que se centrou na Madeira ao longo da última semana.

Foram palavras de Luís Montenegro, nesta terça-feira, durante um almoço-debate da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, no Porto.

À chegada ao evento, acumularam-se os jornalistas e acumularam-se as perguntas sobre a crise política na Madeira. A resposta foi silêncio, com sorrisos; e ainda deu para ajeitar um microfone do Observador. Montenegro continuava a não falar sobre a demissão de Miguel Albuquerque.

Horas depois, em entrevista à CNN Portugal, Luís Montenegro anunciou que vai ser novamente candidato à liderança do PSD – mesmo que não seja o próximo primeiro-ministro.

Na mesma entrevista, falou (um pouco) sobre a Madeira: Miguel Albuquerque decidiu bem quando se demitiu mas nunca abordou o assunto antes por “lealdade”; explicou que só o ainda presidente do Governo Regional deveria abordar a situação.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

2 Comments

  1. Luis Monte Negro não está no discurso certo. 1° como candidato logo está comprometido 2° o discurso é sustentabilidade, tem de ser tracada uma linha de estratégia para o futuro e nessa linha os aumentos a todos sem excepção tem de acontecer. Nem todos são iguais logo não podem receber por igual. Todos os sectores têm de ter um chefe e hierarquia superior de super visão. Vamos voltar a ser grandes, só precisamos de estratégia futura. A linha temporal está sempre a mudar, quem não aprendeu com a história é porque não entende o que estuda ou lê. Resumindo: todas as potências são para abater Ponto. POTUGAL, ESPANHA FORAM GRANDES E FOMOS ABATIDOS.

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