ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

O primeiro-ministro, Luís Montenegro (D), ladeado pela ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral (E).
Governo não esteve ausente e Montenegro não acordou tarde, garante, mas pode “ter contribuído para que essa perceção tenha sido criada”.
O primeiro-ministro disse esta quarta-feira que “é falso” que o Governo tenha retirado verbas às políticas florestais, afirmando que houve uma reprogramação dos fundos comunitários, e considerou “injusta” a crítica de que esteve ausente enquanto o país ardia.
“Também quero aqui dizer que é injusto e é falso o argumento que é utilizado de que foram retiradas verbas a esta área. É falso”, afirmou Luís Montenegro no encerramento do debate sobre a situação dos incêndios em Portugal, na Comissão Permanente da Assembleia da República.
O primeiro-ministro afirmou que “houve alguma reprogramação em termos de fundos comunitários, como já tinha acontecido também nos governos do Partido Socialista”.
“O deputado José Luís Carneiro fala agora em 120 milhões, o governo anterior do Partido Socialista tinha feito uma reprogramação na casa dos 100 milhões de euros, com uma diferença, é que nós reprogramámos o PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum], mas temos outros instrumentos de financiamento nomeadamente o PRR [Programa de Recuperação e Resiliência]”, referiu.
O primeiro-ministro disse também que o Governo está “a gastar cerca de 50% mais do que aquilo que era o dispêndio de execução” e que a intenção é “continuar a desenvolver este investimento”.
Não foi ao terreno por respeito
Na sua intervenção, o secretário-geral do PS acusou o Governo de “falta de sensibilidade” na prevenção e de não compreender “retirada de 120 milhões de euros das políticas florestais teria um impacto muito negativo na mobilização da sociedade para uma prioridade nacional”.
No encerramento do debate, o primeiro-ministro voltou a considerar “mesmo injusta” a acusação de que “o Governo esteve ausente e que o primeiro-ministro acordou tarde para este problema dos incêndios florestais”, apesar de admitir que pode “ter contribuído para que essa perceção possa ter sido criada”.
Luís Montenegro afirmou que o Governo esteve a acompanhar a evolução dos incêndios e que no Conselho de Ministros de 7 de agosto tomou “decisões para a gestão concreta daquilo que era já a evolução da situação no terreno”.
O chefe do executivo disse também que a partir daí o Governo fez o que lhe competia, recusando ir para o terreno com casacos da Proteção Civil vestidos, por respeito ao trabalho operacional.
“E demos cumprimento a uma estratégia que visava e visa proteger as pessoas e proteger o património, que o mesmo não é dizer que estejamos a leste daquilo que se passa também”, disse.
Antes, Montenegro garantiu que ele próprio, a ministra da Administração Interna e o Governo estiveram “sempre ao leme” no acompanhamento e coordenação do combate aos incêndios.
ZAP // Lusa
Covardes esquerdoides baixaram a lábia. Só ladram quando não têm opositor à frente.
A direita não presta, o capitalismo está decadente
Tarde e a más horas.
Dos 76 meios aéreos anunciados pelo governo para combater fogos, no pico do descontrolo dos fogos estavam 30 meios aéreos ativos, onde andam os outros 46 ??? Muita mentira graça por este desgoverno… provavelmente o contribuinte irá pagar por 76 meios aéreos, mas na realidade só 30 é operam.