Pedro Nuno esteve no Bairro do Zambujal: “Também fui eu o primeiro a ir ao terreno a seguir aos incêndios”.
O líder do PS criticou nesta segunda-feira o primeiro-ministro por ainda não ter ido aos bairros na periferia de Lisboa onde nas últimas semanas houve desacatos, considerando já ser “um padrão” a ausência de Luís Montenegro no terreno com as pessoas.
“Em relação ao senhor primeiro-ministro já é um padrão porque também fui eu o primeiro a ir ao terreno a seguir aos incêndios. Quem governa o país não se pode furtar a estar presente no terreno com as pessoas”, respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas no final de uma manhã de visitas ao Bairro do Zambujal, na Amadora.
O secretário-geral do PS referiu que Luís Montenegro, quando foram os incêndios de setembro, só ter ido visitar as zonas afetadas depois da visita da comitiva socialista que liderou.
“Eu espero que o senhor primeiro-ministro visite vários dos bairros que nós temos no país”, defendeu.
Segundo Pedro Nuno Santos, quando os políticos ouvem e estão próximos das pessoas fazem melhor o seu trabalho.
“Quando nós a única coisa que fazemos é chamar as associações para se reunirem connosco num gabinete, nós não estamos a cuidar de ouvir as pessoas”, criticou.
O secretário-geral do PS está a visitar esta semana projetos comunitários nos bairros do Zambujal e da Cova da Moura, no concelho da Amadora, e em Caxias, Oeiras, e tem agendadas reuniões com os sindicatos da polícia.
Estas visitas do secretário-geral do PS decorrem depois de, na passada sexta-feira, também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter estado no Bairro do Zambujal.
“Inaptidão”
O líder do PS considerou que a ministra da Administração Interna já mostrou em diferentes momentos a “inaptidão para as funções”, responsabilizando o primeiro-ministro porque foi ele quem escolheu e mantém Margarida Blasco no cargo.
À margem da visita ao Bairro do Zambujal, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre as declarações da ministra da Administração Interna sobre direito à greve nas polícias, que motivou um esclarecimento horas depois do próprio ministério a dizer que afinal esse tema não fará parte das negociações.
“Nós estamos a falar de uma função de soberania e a senhora ministra da Administração Interna, em poucos meses, já mostrou em diferentes alturas, em diferentes momentos, a sua inaptidão para as funções. A função de ministra da Administração Interna não é uma função qualquer”, criticou Pedro Nuno Santos.
Para o líder do PS, “o problema, ao fim de algum tempo, já é não é da senhora ministra”.
“Ao fim de algum tempo o problema já é do primeiro-ministro. Em primeiro lugar porque é o primeiro-ministro que escolheu a senhora ministra e portanto isso também diz muito sobre a capacidade do senhor primeiro-ministro em construir boas equipas”, criticou.
Por outro lado, de acordo com Pedro Nuno Santos, é Luís Montenegro “que mantém a senhora ministra”.
“A partir de determinada altura, o responsável já é o primeiro-ministro e neste momento para mim o responsável já é o primeiro-ministro”, enfatizou.
Para Pedro Nuno Santos, “no trabalho de qualquer político e de um ministro em particular é fundamental saber comunicar com as pessoas, com a população, mas aqui nem é só o saber comunicar, é que aqui há outra dimensão de problema”, afirmou.
Neste caso concreto sobre o direito à greve, “num dia diz-se uma coisa e passado umas horas volta-se atrás”.
“Isso é inaceitável do ponto de vista do exercício de funções governativas”, condenou.
Sobre a posição do PS, Pedro Nuno Santos destacou “uma posição sólida sobre essa matéria” dos socialistas.
“São forças de segurança fundamentais para garantir a ordem pública e na nossa opinião não é compaginável com greves”, reiterou.
ZAP // Lusa
O Gang do PSD são Socialistas do Colarinho Branco. Náo estão para se sujar com coisas que não tray “Receita” para os cofres.