Montenegro = Rio: a equação do PSD no início da campanha europeia

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Estela Silva/Lusa

Rui Rio e Luís Montenegro, líder cessante e eleito do PSD

Números no regresso às campanhas nas ruas. Luís Montenegro deve antecipar-se e apresentar propostas para baixar o IRS.

Ainda estamos em pleno Verão, em tempo de férias para muita gente, mas já se tem registado o regresso às campanhas políticas nas ruas.

Não estamos em campanha eleitoral (oficial) mas a denominada rentrée política já começou no sábado passado, com a Iniciativa Liberal.

Nesta segunda-feira o PSD vai estar na Festa do Pontal, na Quarteira, onde vai falar o líder Luís Montenegro.

Luís Marques Mendes avisou na SIC que Montenegro vai concentrar as suas atenções em propostas concretas sobre a redução do IRS.

“Há meses que constituiu uma equipa com economistas e fiscalistas para preparar uma revisão fiscal. Vai antecipar-se e vai apresentar propostas para baixar o IRS”, indicou o comentador.

Segundo Marques Mendes, o presidente dos sociais-democratas tem três prioridades neste contexto: ajudar a crescer salários, reter jovens talentosos em Portugal e apoiar a classe média.

O jornal Observador avisa que começa agora o “relógio europeu”, olhando já para as eleições europeias, marcadas para Junho de 2024. Nesse sentido, os discursos e as acções de Montenegro (e de António Costa) serão decisivos para as europeias, um teste decisivo para o líder do PSD.

A proposta mencionada por Marques Mendes, sobre a redução do IRS, será muito mais ambiciosa do que a que o PSD apresentou na discussão do Orçamento de Estado para este ano, segundo o mesmo jornal.

Não passa dos 27

Mas há algo que Montenegro ainda não conseguiu dar a volta: os números do PSD no momento de votar.

Nas últimas eleições legislativas, em Janeiro de 2022, o PSD de Rui Rio conseguiu 27,67% dos votos. E na sondagem mais recente o PSD de Luís Montenegro consegue exactamente 27,7% das intenções de voto dos portugueses.

Ou seja, reforça o Diário de Notícias, o impacto do PSD nos portugueses está igual com o novo líder.

É certo que são apenas sondagens e é certo que houve uma grande aproximação ao PS – mas isso só aconteceu porque os socialistas caíram mais de 10%, comparando com as legislativas do ano passado.

Para já, o primeiro desafio do PSD será na Madeira, nas eleições regionais. Poderá haver maioria absoluta (PSD e CDS estão juntos) mas o contexto madeirense é diferente e não mexe com as contas no continente.

ZAP //

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