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“Temos de pôr o país a crescer”. Moedas lança Fábrica de Unicórnios em Lisboa

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Rodrigo Antunes / Lusa

Carlos Moedas

Instalada no Hub Criativo do Beato, a Fábrica de Unicórnios vai apoiar 20 empresas em alto rendimento. Conta já com um investimento de oito milhões de euros.

O presidente da Câmara de Lisboa lançou esta quinta-feira a Fábrica de Unicórnios, no Hub Criativo do Beato, para potenciar o crescimento de empresas, inclusive apoiar 20 ‘scaleups’ por ano, contando já com um investimento de oito milhões de euros.

“Vamos construir o primeiro grande programa de ‘scaleups’ [empresas em alto crescimento] em Portugal. ‘Scaleups’, porque queremos fazer as empresas crescer […]. Vamos multiplicar por seis o ‘budget’ que tínhamos até agora e conseguir fazer este programa para as empresas crescerem“, declarou Carlos Moedas (PSD).

A Fábrica de Unicórnios está instalada fisicamente no Hub Criativo do Beato, que contou com a intervenção do diretor executivo da Startup Lisboa, Gil Azevedo, e do presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave.

No lançamento oficial, o autarca de Lisboa realçou a importância de “no mundo digital ter um sítio físico”, uma plataforma de programas e ‘hubs’, inspirada pelas melhores práticas internacionais, que apoia ‘startups’ e ‘scaleups’ na criação de produtos e modelos de negócio, desenvolvendo processos eficientes e promovendo parcerias.

Carlos Moedas considerou que o crescimento de empresas “é o maior desafio” que existe em Portugal: “Temos de pôr o país a crescer, temos de ter coragem, audácia para pôr o país a crescer e a única maneira de pormos o nosso país a crescer é apostar na tecnologia, na ciência, na inovação e conseguir fazer que aqueles que hoje têm ideias possam realmente ter as suas empresas, fazê-las crescer”.

“Confesso que tive sempre a sensação que o Hub do Beato era um bocadinho o amanhã que nunca acontecia, e o meu objetivo era que esse amanhã acontecesse, nem que eu tivesse que andar aqui todos os dias a empurrar e, realmente, foi isso que fizemos durante um ano”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, lembrando que a Fábrica de Unicórnios foi um compromisso eleitoral que assumiu nas autárquicas.

Assumindo a ambição de tornar Lisboa “a capital da inovação na Europa“, o autarca resumiu em duas palavras, “crescimento e processo”, o que pretende com a Fábrica de Unicórnios: “o processo é uma fábrica e o crescimento é um unicórnio”.

“Era realmente esta ideia de fazer um processo, como se entrássemos numa fábrica e, nessa fábrica, fôssemos acompanhados todos os dias por aqueles que ou sabem mais do que nós, são maiores, são diferentes, e nos podem levar nesse caminho do crescimento”, explicou, indicando que, para tal, será lançado o programa ‘Scaling Up’ que irá apoiar 20 ‘scaleups’ por ano, que foram escolhidas por serem as “melhoras”.

O programa conta com o apoio de 30 empresas parceiras e 20 investidores, que podem ajudar no crescimento das ‘scaleups’, e “vai começar com oito milhões de euros, mas é para acelerar, é para fazer mais”, frisou Carlos Moedas, explicando que o investimento não é só dinheiro público, e conta com financiamento do setor privado.

“Conseguimos que empresas que fossem os nossos parceiros estratégicos apostassem na Fábrica de Unicórnios: Google, Galp, Delta, PwC, Fidelidade, Cuatrecasas, BPI, todos eles apostaram e deram dinheiro”, reforçou, antecipando o apoio de mais empresas ao projeto.

Além do ‘Scaling Up’, o projeto inclui o programa ‘Soft Landing’, para proporcionar as ferramentas práticas, a informação e os recursos, para simplificar o processo de mudança, ou a expansão de operações para Lisboa, de ‘startups’ e ‘scaleups’ internacionais.

Os dois novos programas abrem candidaturas durante a Web Summit, em que a Fábrica de Unicórnios vai permitir promover “mais de 1.000 oportunidades de parcerias e sinergias”, disponibilizando o acesso a mais de 30 parceiros empresariais, incluindo as maiores empresas portuguesas, unicórnios e grupos tecnológicos globais, e a mais de 20 investidores.

// Lusa

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3 Comments

  1. Esse desespero exagerado e exaustivo por novas empresas, por novas ideias levam os cérebros á exaustão. Além do dinheiro que se gasta que muitas das vezes dá em nada.

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