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Os 7 mitos tecnológicos mais frequentes em Portugal

“No mundo da tecnologia, as previsões podem ser como mercúrio – fugidias e em constante mudança”.

As palavras apresentadas acima são de Josh Gordon, especialista em tecnologia da Geonode.

Numa altura em que a Inteligência Artificial (IA) causa receio em tanta gente, por vezes é preciso ter alguma cautela.

A tecnologia tem um encanto óbvio, apresenta um futuro atraente, mas é essencial ter noção do seu alcance, impacto e prazos realistas.

“Mantenha-se informado, aceite a mudança, mas também pratique um saudável grau de ceticismo”, acrescenta Josh Gordon.

Nesse contexto, a Geonode partilhou com o ZAP alguns dos equívocos atuais mais disseminados em Portugal sobre a tecnologia, focados nas previsões para este ano.

E assim surgem os 7 principais mitos sobre tecnologia e a internet que as pessoas em cada cidade portuguesa devem deixar de temer.

A computação quântica será comum já neste ano (Lisboa): já há quem utilize esta potente computação quântica para cálculos, mas falar em uso generalizado é um exagero. Pelo menos, para já. A computação quântica é um campo extremamente complexo que requer avanços significativos em infraestrutura, conhecimento e aplicação – que ainda não existem.

A IA vai substituir todos os empregos humanos (Braga): há bracarenses – e não só – que têm este receio mas esse medo é infundado. A IA serve essencialmente para aumentar a produtividade humana, não para eliminar a intervenção humana. A IA nunca tem a criatividade, emoção e intuição humanas.

A tecnologia 5G causará problemas de saúde (Tavira): muitas pessoas em Tavira preocupam-se com a sua saúde ao considerar os avanços tecnológicos; novamente medos infundados, desta vez sobre radiação. Mesmo as organizações de saúde negam esse cenário caótico.

Todas as casas serão “casas inteligentes” (Amadora): calma, ainda não. A denominada “internet das coisas” tem crescido de forma bem visível, mas ainda faltam retoques em vários factores: preços, literacia tecnológica e preocupações com a segurança dos dados. Tudo isto pode atrasar o processo. “Espalhar” estas casas muito rapidamente poderia criar problemas de segurança.

A realidade virtual vai substituir a educação tradicional (Guarda): é certo que a educação continua a digitalizar-se, mas 2024 não vai ser o ano da mudança total. Também aqui há obstáculos: custo, limitações dos dispositivos e o valor insubstituível da interação humana.

Internet = fim da privacidade (Chaves): há muitas violações de dados em Portugal – e muitas delas em Chaves – mas, no geral, os dados pessoais continuam e continuarão a ser seguros. As regras e ferramentas para proteger a privacidade deverão tornar-se mais rigorosas.

Todos vamos usar criptomoedas (Funchal): nem “todos”, nem a maioria. A “moda” a nível mundial até parece ter acalmado e não será em 2024 (nem nos anos seguintes) que a maioria dos portugueses passará a usar esse método de pagamento. Faltam aprovação legal, lidar com as flutuações do mercado e uma compreensão generalizada sobre este sector.

ZAP //

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