Quase findo o primeiro mês de 2025, há ainda muitas resoluções de Ano Novo por cumprir. Mas não se preocupe: uma nova investigação, realizada por cientistas da University of South Australia (UniSA), revelou que formar um hábito saudável pode demorar mais tempo do que pensávamos.
Ao contrário da crença popular, os hábitos saudáveis podem demorar muito mais do que três semanas para serem completamente estabelecidos.
A primeira revisão sistemática deste género revelou que os novos hábitos podem começar a formar-se em cerca de dois meses (mediana de 59 a 66 dias), mas podem levar até 335 dias para se estabelecerem.
Segundo o EurekAlert, esta descoberta pode ser útil para promover comportamentos saudáveis e prevenir doenças crónicas.
“Adotar hábitos saudáveis é essencial para o bem-estar a longo prazo, mas formar esses hábitos – e acabar com os não saudáveis – pode ser um desafio”, referiu o investigador Ben Singh.
“No início do ano, muitos estabelecem metas e fazem planos, mas, apesar de a sabedoria popular sugerir que demora apenas 21 dias para formar esses hábitos, estas alegações não são baseadas em evidências”, acrescentou.
Durante a investigação, os cientistas descobriram que a formação de hábitos começa em cerca de dois meses, mas há uma variabilidade significativa, com os tempos de formação a variarem de quatro dias a quase um ano. “É importante que as pessoas não desistam após três semanas.”
O mesmo estudo, que contou com 2600 participantes, também permitiu descobrir que há alguns fatores que podem influenciar a formação de hábitos, nomeadamente a frequência com que realizamos a nova atividade, o momento da prática e se gostamos ou não.
“Planear e pretender concluir um novo comportamento também pode ajudar a solidificar um novo hábito. Assim, certifique-se que continua a reservar tempo para incluir os seus novos hábitos saudáveis nas suas atividades diárias. Esta estratégia pode ser tão fácil quanto preparar as suas roupas de ginástica na noite anterior ou ter um almoço saudável pronto no frigorífico”, destacou Singh.
O artigo científico com os resultados foi publicado na Healthcare.