Um grupo de cientistas descobriu a mítica partícula de Odderon com a ajuda de uma extensa análise de dados experimentais do Grande Colisionador de Hadrões (LHC, na sigla em inglês) do CERN, na Suíça.
Foi em 1973 que dois físicos de partículas franceses descobriram que havia uma quasipartícula até então desconhecida. Os cálculos dos investigadores e a suposta conclusão desencadearam uma verdadeira caça internacional.
A partícula de Odderon é o que se forma brevemente quando os protões colidem em alta energia. Em alguns casos, os protões não se separam: em vez disso, ricocheteiam e espalham-se.
Segundo o Europa Press, estas partículas são compostas por quarks e gluões, que formam partículas de Odderon e Pomeron.
Recentemente, uma equipa de cientistas conseguiu identificar o Odderon. “Este é um marco na física de partículas. É fantástico contribuir para uma maior compreensão da matéria – os blocos de construção fundamentais do nosso mundo”, disse Roman Pasechnik, cientista de física de partículas da Universidade de Lund, na Suécia.
Através de uma extensa análise de dados do CERN de colisão elástica protão-protão e protão-antiprotão, a equipa foi capaz de se concentrar na nova partícula. A análise demorou vários meses, mas valeu a pena.
“Trabalhamos com alguns dos melhores físicos de partículas do mundo. Eles ficaram surpreendidos quando publicamos os nossos resultados”, conclui Pasechnik. O estudo foi publicado na The European Physical Journal C.