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Antigo mistério de jovem morta por coiotes pode ter sido resolvido

Cientistas acreditam ter resolvido o caso da morte de uma jovem no Canadá, atacada por uma matilha de coiotes, há mais de uma década.

Em 2009, uma matilha de coiotes matou uma jovem de 19 anos no Cape Breton Highlands National Park, no Canadá, num ataque aparentemente não provocado.

Até então, não havia registos no país de nenhum adulto morto por coiotes. Foi também apenas a segunda morte do género na América do Norte, depois de uma criança ter morrido na Califórnia, em 1981.

A morte de Taylor Mitchell permanece um mistério até aos dias de hoje — ou, pelo menos, permanecia. Agora, uma equipa de cientistas parece ter encontrado uma explicação para o sucedido, escreve o Gizmodo.

Os especialistas argumentam que os coiotes do parque canadiano começaram a caçar animais grandes devido aos seus recursos limitados, o que os tornou mais propensos a atacar humanos.

Os coiotes normalmente caçam pequenas presas. No entanto, no caso dos espécimes do Cape Breton Highlands National Park, o seu principal pitéu eram alces, que representavam, em média, metade a dois terços das dietas dos animais observados pelos cientistas.

Entre as criaturas observadas pelos investigadores estão, mais especificamente, os coiotes envolvidos na morte de Taylor Mitchell.

Apesar do que possa pensar, os coiotes não são animais tipicamente perigosos para os humanos. Normalmente, em áreas urbanas de contacto entre ambos, os coiotes até tentam evitar interações com os humanos. Razão pela qual a morte da jovem canadiano surpreendeu tudo e todos.

“É difícil para eles fazerem isso [caçar alces], mas como tinham muito pouco ou nada para comer, essa era a sua presa”, disse o autor principal do estudo, Stan Gehrt, num comunicado divulgado pela universidade. “E isso leva a conflitos com pessoas que normalmente não veria”.

Os resultados do estudo foram publicados em novembro na revista científica Journal of Applied Ecology.

Embora tenha havido relatos de ataques de coiotes no parque nos anos seguintes, nenhuma outra morte parece ter acontecido.

Daniel Costa, ZAP //

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