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Míssil balístico norte-coreano atinge 2.000 km e reacende a tensão

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(h) KCNA / YONHAP

Lançamento de míssil balístico ICBM da Coreia do Norte a partir de um submarino

Lançamento de míssil balístico ICBM da Coreia do Norte a partir de um submarino

A Coreia do Norte realizou com sucesso o lançamento de um projéctil que aparenta ser um míssil balístico, que voou cerca de 30 minutos, atingindo uma altitude de 2.000 quilómetros.

A Coreia do Norte realizou um novo teste de um míssil, disparado às 05:27 locais deste domingo (21:27 de sábado em Lisboa) a partir da sua base de Kusong, a norte de Pyongyang.

O míssil balístico percorreu 700 km durante cerca de 30 minutos, tendo atingido uma altitude máxima de 2000 km, antes de cair no Mar do Japão. A informação foi avançada pela agência Kyodo, que cita fontes do governo japonês.

A notícia do novo lançamento de um míssil balístico por parte da Coreia do Norte surge após a eleição do novo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que expresssou disponibilidade para negociar com a Coreia do Norte o seu programa nuclear, tal como o fizeram nos últimos dias tanto Donald Trump como responsáveis norte-coreanos.

O presidente sul-coreano classificou já este domingo como “perigosa provocação” o lançamento realizado pela Coreia do Norte, o primeiro desde que assumiu o poder.

Moon Jae-In condenou veementemente o lançamento, por esta “provocação” ter ocorrido poucos dias depois da tomada de posse de uma nova administração na Coreia do Sul, declarou o porta-voz presidencial Yoon Young-chan.

“Preocupados com escalada da tensão”

A China e a Rússia estão “preocupadas com a escalada de tensão na península coreana, após o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte em violação das resoluções da ONU”, afirmou este domingo o Kremlin.

Durante um encontro, em Pequim, o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, “discutiram em detalhe a situação na península coreana”  e “as duas partes exprimiram a sua preocupação para com uma escalada de tensão”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.

“O mundo deve renunciar ao uso de retórica bélica para resolver os problemas da atualidade”, afirmou Vladimir Putin à margem do fórum “Um Cinturão e uma Rota”, que se realiza em Pequim para lançar o projecto “Rota da Seda”. “Não é possível resolver nenhum problema seguindo uma lógica antiga”, acrescentou o presidente russo.

A China já tinha apelado à contenção, reiterando a sua oposição às violações das resoluções do Conselho de Segurança da ONU por parte da Coreia do Norte, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

“Todas as partes envolvidas devem exercer contenção e abster-se de aumentar a tensão na região”, afirmou, poucas horas depois do lançamento do míssil.

A Casa Branca, por seu turno, apelou à adoção de sanções “muito mais fortes” contra o regime de Pyongyang

ZAP // Lusa

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