O ministro do Turismo brasileiro, Henrique Alves, pediu a demissão do cargo, um dia depois de terem sido divulgadas declarações do ex-presidente da Transpetro, onde este acusa o governante de ter recebido subornos.
A informação foi confirmada à agência Lusa pela Presidência brasileira, m a qual os motivos para a saída “ainda não foram expostos”.
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, afirmou na delação premiada (prestação de informações em troca de redução de pena), que transferiu para Henrique Alves 1,55 milhões de reais (397,5 mil euros) em subornos entre 2008 e 2014.
Nas informações que deu aos investigadores da caso Lava Jato, que trata de um mega-esquema de corrupção que envolve a Petrobras, Machado apontou também ilegalidades a outros políticos, entre os quais o presidente interino, Michel Temer, e o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Na sequência de divulgação da delação, na quarta-feira, Henrique Eduardo Alves repudiou, na sua conta na rede social Twitter, “com veemência a irresponsabilidade e leviandade das declarações desse senhor”.
O titular da pasta do Turismo é o terceiro ministro a deixar o governo interino de Michel Temer, que está em funções desde 12 de maio.
O primeiro a sair foi o senador Romero Jucá, que ocupava a pasta do Planeamento, e que surgiu, em conversas gravadas por Sérgio Machado, a dizer que era preciso fazer um “pacto” para “estancar a sangria” causada pela Operação Lava Jato.
O segundo ministro a demitir-se foi Fabiano Silveira, que controlava o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, que apareceu também em gravações a criticar a operação Lava Jato e a aconselhar o presidente do Senado a defender-se das investigações da operação.
/Lusa
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