Mini-mansões são a nova alternativa a dormir na rua

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Jason Harms

A Mini Mansão na sua disposição fechada, pronta para “rolar”

Solução habitacional temporária conta com todas as necessidades básicas e deverá custar por volta de 1,037 euros. Introdução no mercado, no entanto, ainda enfrenta desafios.

Viveríamos num mundo ligeiramente melhor se os cerca de 150 milhões de sem-abrigo do mundo tivessem algo que pudessem chamar de casa que não as ruas. Quem sabe, um dia, possam não ter uma casa, mas uma mini-mansão portátil.

É essa a ideia projetada pelo canadiano Jason Harms, que criou a Mini Mansão de perfeita consciência de que o mundo não é perfeito e tão cedo não veremos, infelizmente, todos os sem-abrigo numa casa tradicional. É, segundo o inventor, “uma solução habitacional temporária para preencher o espaço entre viver na rua e num abrigo”.

Em madeira reforçada, a “mansão” portátil pode ser prolongada pelo passeio com os seus quatro pneus de borracha. Propõe-se a cumprir as necessidades mais básicas: quando é necessário abrigo, dobra-se e expande-se, criando uma mini-sala de 4,6 metros quadrados e dois metros de altura, entre quatro paredes à prova de água.

Equipada com uma mesa desdobrável, um fogão, lavatório, sanita, chuveiro com água quente e uma cómoda, a habitação tem ainda uma pequena luz de presença e ventoinhas, movidas, segundo o New Atlas, por um painel solar de 40 watts que carrega uma bateria de 12 volts.

As principais preocupações perante este projeto, que ainda se encontra numa fase inicial, estão ligadas não só ao preço — cada Mini Mansão deverá custar por volta de 1,037 euros e versões futuras mais refinadas 2074 euros — mas também aos vandalismos e roubo das propriedades.

“Tal como muitas coisas no que toca ao desalojamento e crise habitacional, pode ser bastante difícil implementar novos itens ou serviços e a Mini Mansão não foge à regra. A sua distribuição seria repleta de desafios, mas como uma nova e única entrada no espaço pode ser uma opção fiável”, afirmou o inventor, que já criou designs de habitações destinadas a, por exemplo, doentes mentais.

Não sendo possível, por enquanto, pré-fabricar estas unidades em massa, o objetivo de Harms é divulgar a ideia e ajudar potenciais compradores a comprar as peças necessárias para montar as Mini Mansões.

Tomás Guimarães, ZAP //

2 Comments

  1. Os Abrigos/Cabanas de Jardinagem – são mais baratos… e apesar das limitações e desde que os matenham limpos, bem mais dignos do que uma barraca de palettes “isolada” com cartões e plástico!

  2. É, realmente, o capitalismo deu certo e é o epíteto da democracia, da igualdade de condições, do bem estar, do respeito ao ser humano. Só que não!

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