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Milionários portugueses escondem fortunas em Singapura

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Miguel A. Lopes / Lusa

O ex-presidente do BES, Ricardo Salgado

A gestora de fortunas Akoya transferiu o dinheiro de vários clientes milionários, incluindo Ricardo Salgado, da Suíça para Singapura em 2011 devido ao sigilo bancário. As transferências estão a ser abordadas no caso Monte Branco.

Segundo avança o Correio da Manhã, a mudança na lei na Suíça levou a que a Akoya, que gere as fortunas no caso Monte Branco, transferisse o dinheiro de vários milionários portugueses para Singapura em 2011, onde há sigilo bancário absoluto.

O CM revela que Ricardo Salgado terá sido um dos visados e transferido 20 milhões de euros para a Savoices, uma offshore controlada pelo ex-líder do BES em Singapura, no final de 2011.

Cerca de 4,5 milhões de dólares de José Guilherme, construtor civil da Amadora, também terão sido transferidos pela Akoya para a Semeta, uma offshore do empresário em Singapura.

Para além de Singapura, terão também ocorrido transferências de dinheiro para o Dubai.

Estas transferências da Akoya estarão também a ser tidas em conta no caso Monte Branco, que se refere à maior rede de branqueamento de capitais descoberta até agora em Portugal.

A Akoya é uma sociedade gestora de fortunas, com sede na Suíça, sendo que Álvaro Sobrinho e Hélder Bataglia eram os seus maiores acionistas. Michel Canals, Nicolas Figueiredo e José Pinto eram pequenos sócios e gestores financeiros.

Na altura da abertura da investigação do caso Monte Branco, foi a troca de informações bancárias entre Portugal e a Suíça que fez soar os alarmes.

A Akoya já utilizaria a rede de branqueamento de capitais de Francisco Canas, cambista de Lisboa conhecido como ‘Zé das Medalhas’, para transferir o dinheiro dos milionários portugueses entre os dois países.

ZAP //

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