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Milhares de gafanhotos invadiram Las Vegas. Praga deve prolongar-se durante semanas

Milhares de gafanhotos invadiram a cidade do estado americano do Nevada e os especialistas dizem que a praga deve prolongar-se durante semanas.

Na Strip, a mais famosa avenida da cidade de todos os excessos, as luzes dos casinos e hotéis funcionam como íman para os gafanhotos. Os insetos são atraídos pelas luzes ultravioletas, segundo a CNN.

A reportagem do New York Times deu conta de uma pirâmide, a do resort Luxor, envolvida em gafanhotos, numa associação de imagens com uma idêntica praga que atingiu o Antigo Egito, na Bíblia. O Luxor, recorda o jornal americano, tem uma poderosa coluna de luz, a Sky Beam, que pode ser vista por pilotos de aviões em Los Angeles, mas também é uma fonte apelativa para estes insetos.

https://twitter.com/sammywy/status/1154732276774662144

Segundo Jeff Lockwood, professor de ciências naturais e humanidades da Universidade de Wyoming, citado pelo NYT, que escreveu extensamente sobre gafanhotos, disse que a infestação não é motivo para alarme. “Provavelmente podemos culpar o Livro do Êxodo”, disse, referindo-se ao episódio bíblico. “Acho que este tipo de semente plantada na cultura e na mentalidade ocidentais sobre estes surtos são um pouco sombrios e perigosos.”

Os especialistas explicam que não há motivos para imaginar qualquer apocalipse bíblico, com a invasão destes gafanhotos de asas pálidas. “Eles não mordem, não picam. As pessoas não gostam deles, mas isso é compreensível”, apontou Jeff Knight, ouvido também pelo NYT. “Não são nem uma das espécies que consideramos um problema. Provavelmente não causarão danos nem num jardim.”

O ano excecionalmente húmido que Las Vegas tem vivido – a cidade superou mesmo a sua média anual de precipitação – explica a chegada destes insetos, que pertencem a uma espécie comum da família Acrididae, nativa dos desertos do oeste da América do Norte.

Mas esta não é a primeira vez que um bando de gafanhotos passa pela avenida. O gafanhoto de asas pálidas é uma espécie comum e, ocasionalmente, quando sua população fica muito grande, migram em massa para encontrar um novo lar. O especialista já viu isto pelo menos quatro ou cinco vezes nos seus 30 anos de carreira.

ZAP //

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