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Uma cidade sem carros e poluição. É precisamente este o desejo de Milão, em Itália, que desde o início da semana, está a limitar a circulação de automóveis para lutar contra os altos níveis de poluição atmosférica.
Desde o início da semana, até esta quarta-feira, das 10h00 às 16h00, todos os automóveis privados, incluindo táxis, estiveram interditos de entrar na cidade, sujeitos a multas com valores exorbitantes.
Excluídos desta regra estiveram, claramente, os ciclistas, que têm percorrido as ruas de forma gratuita e sem qualquer tipo de trânsito.
Há, no entanto, quem tenha preferido os transportes públicos. Durante esta semana, na compra de um bilhete com o valor de 1,50€, é possível circular pela cidade durante todo o dia.
Segundo Pierfrancesco Maran, um dos responsáveis pelos transportes públicos da cidade italiana, no primeiro dia desta iniciativa, grande parte dos automobilistas respeitaram as regras e a cidade ganhou uma nova e “mágica atmosfera”, agora “experienciada a pé, de bicicleta ou de transportes públicos”.
Apesar de tudo, a medida tem sido vista como insuficiente. Muitas pessoas defendem que deviam existir mais incentivos para o uso dos transportes públicos, para desligar os sistemas de aquecimento das escolas durante as férias e pedir, igualmente, aos cidadãos para diminuir os níveis de aquecimento nas suas casas.
A falta de chuva e vento agravou os níveis de poluição em Itália, especialmente no norte do país e, desde então, algumas cidades italianas têm vindo a reunir esforços para limitar a circulação de automóveis.
Para além de Milão, também Roma e Pavia tomaram algumas medidas para travar esta anormal concentração de poluentes na atmosfera.
Na capital italiana, por exemplo, a circulação automóvel tem estado proibida em certos horários, nomeadamente, entre as 07h30 e as 12h30 e entre as 16h30 e as 20h30.
Os carros passam também a estar dependentes das matrículas, ou seja, os veículos com matrícula ímpar estão proibidos de circular num determinado dia e vice-versa.
ZAP / Shifter
