“Adeus e boa sorte!” É, deste modo, que o jornalista e escritor Miguel Sousa Tavares anuncia a sua saída do jornal A Bola após uma ligação de 27 anos. A “gota de água” para o assumido adepto portista foi a forma como o desportivo noticiou o processo “saco azul” que implica o Benfica.
Miguel Sousa Tavares despede-se dos seus leitores no jornal A Bola com uma carta publicada na secção do “Correio do Leitor”. “Não sei se há lugar para um portista nesta secção reservada a leitores benfiquistas, alguns dos quais mesmo com lugar cativo”, começa por dizer.
Tendo a sua carta sido publicada, o jornalista salienta que “é uma carta de despedida de alguém que foi colunista” do jornal “durante 27 anos e seu leitor durante mais de 50“.
Mas “já não é sustentável” manter essa condição, diz, justificando o abandono do jornal com a forma como este noticiou o processo “saco azul” que implica a Benfica SAD e o seu ex-presidente Luís Filipe Vieira, em crimes de fraude fiscal.
A Bola “sempre reflectiu” e “privilegiou”, “em termos de cobertura e destaque”, o facto de que “metade ou dois terços dos adeptos de futebol em Portugal são do Benfica“, repara Sousa Tavares. “Mas isso não implica que o jornalismo aqui praticado dispense as mesmas regras de pluralismo, isenção e independência que são exigíveis por natureza em todas as publicações jornalísticas”, acrescenta.
Assim, “a gota de água” para o jornalista foi “quando A Bola fez manchete da primeira página com um título que reproduzia a conclusão da contestação do Benfica no processo” do “saco azul”. Esse título dizia “Um saco cheio de nada”, como recorda.
Para “além de alinharem descaradamente pelas posições do clube”, apresentaram o assunto “como se de uma sentença final se tratasse” e como se “o jornal achasse normal não se interrogar porque razão o Benfica se dera ao trabalho de inventar um esquema tão elaborado para reunir 200.000 em cash“, lamenta ainda o escritor.
“Ataque sistemático ao FC Porto”
Falando de uma “deriva sem controle, nem disfarce”, Sousa Tavares diz que “A Bola passou a alinhar com o Benfica a par e passo, como se fosse uma extensão diária do jornal do clube”, seguindo a sua “estratégia” e prosseguindo “um ataque sistemático ao seu principal rival, o FC Porto”.
Mas o jornalista acredita que, “a prazo”, “os próprios benfiquistas acabarão por se fartar de um jornal que é escrito pelos próprios e só para os próprios, debitando a mesma verdade sem contraditório, o mesmo discurso, as mesmas razões, a mesma e única visão das coisas”.
Quando Miguel Sousa Tavares escreve isto sobre o jornal Abola depois de 27 anos de crónicas semanais, diz muito do “jornalismo” que estamos a assistir neste jornal e na grande maioria da comunicação social Portuguesa. pic.twitter.com/eUJS8TCYGr
— ℂalcanhar de ienna (@Calcanhar_Viena) February 28, 2023
Só agora é que descobriu ?
O jornal da Bola sempre fez parte do enorme “exercito” que o Benfica controla na comunicação social.
A diferença é que antes ainda tentava disfarçar e agora já nem isso.
Vamos analisar também a quem servem as linhas editoriais dos jornais O Record e O Jogo???
Há muitos anos que o futebol é um mundo de corrupção e de lavagem de dinheiro.
90% dos resultados são combinados.
Como é que há gente que ainda perde tempo com o futebol é que é preocupante.
É o “polvo” azul a funcionar. E chamam aos outros cartilheiros ? Se não alinhas com o “polvo” não te aproximes porque és indesejado e não és benvindo. Ou tens uma personalidade muito forte e consegues afastar-te ou então, se queres continuar próximo deles, não tens outra hipótese senão dizeres o que eles querem, concordes ou não e a tua independência foi-se. É o que está a acontecer a este Miguel, noutras situações seria forte, mas no que respeita a futebol, o “polvo” é demasiado forte para ele, mas não só, para outros também. O “polvo” azul funciona como a “Mafia Italiana”.
“Mas isso não implica que o jornalismo aqui praticado dispense as mesmas regras de pluralismo, isenção e independência que são exigíveis por natureza em todas as publicações jornalísticas”
Isso dito pelo MST até tem a sua graça… com que “isenção, pluralismo e independência” comenta ele quando fala de questões ligadas a professores? Destila puro ódio, além das mentiras…
Não se percebe de onde vem tanto ódio!
Talvez assim o Miguel já consiga perceber porque o detestam os professores!?
Os professores é que não conseguem perceber como é que um jornal como o Expresso mantém um colunista que escreve tantas mentiras… Enfim!